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quarta-feira, setembro 22, 2004
Atualizem seus favoritos! É só ir aí do lado e apertar o botãozinho. Soft and swift.
* * * Ninguém pode falar que eu fui pato e caí. Mas, pra quem não sabe, o Sexkut era só mais uma notícia fake do Cocadaboa. Clica aí veja a estória completa, uncut e passo-a-passo. Ao que dizem lá, foi brincadeira, mas agora vai se tornar real. Então tá, né... Mas essa nào é pra rir. É pra refletir. Uma mentira repetida várias vezes acaba se tornando verdade para os menos dotados de senso crítico. E esse é o grande mal que a mídia pode fazer. A mídia é fundamental, é claro. Mas todos os dias a mídia repete mentiras que se tornam verdades. Quando não por dolo, pela superficialidade da estória. Pouquíssimos sabem que o "Muro" que Israel constrói na Cisjordânia é, em 95% de sua extensão, uma cerca metálica. Se a construção é certa ou errada é outra discussão; o fato é que a cobertura jornalística está incorreta - mas a palavra "muro" apela muito mais às manchetes do que "cerca". E isso conduz a opinião pública. A mais recente foi a polêmica sobre o vestibular de Direito da UnB. Aparte o ato profundamente demagógico da Reitoria em considerar a possibilidade de cancelar o vestibular, a Globo noticiou o fato de forma totalmente enviesada, criminosa mesmo. Omitiu que a decisão da AGU vale para todos os funcionários públicos, não apenas os militares (TODOS os funcionários civis, gerentes do BB e da Caixa, diplomatas, agentes da PF etc), que os 70 pedidos são dispersos nos doze semestres do curso e não apenas no primeiro semestre, como deixa a entender a comparação com o número de vagas oferecidas no vestibular, e pra completar, manipulou entrevistas de alunos de cursinho, para deixar a entender que os "filhinhos de militares" (sic) não precisam de vestibular para entrar. Um crime contra a verdade, que deve ser noticiado. Mas, como se sabe, meus caros, a calúnia sempre vem nas manchetes, enquanto a retratação vem em letra miúda, perdida no meio das páginas... * * * Barzinho muito massa fomos ontem. Chama-se Embargado, na 212 Sul, e é brand new mesmo, abriu anteontem. Estávamos indo pro 4A, mas aí passei na frente, vi que era bonitinho e decidi entrar, em bom candanguês, "pra ver de qual era". Muito massa. Charges do Quino na parede, um cardápio hilariante, cheio de piadinhas jurídicas, fora o atendimento classe A e um esquema pra lá de profissa pra servir a Bohemia Weiss - um copão de degistação que eu ainda quero ter em casa. A comida e os frios podiam ser menos caros, mas já dei o toque no gerente. Recomendo com força. * * * Primavera. Minha estação preferida. Simplesmente porque é uma ótima época para recomeços. No calendário celta o ano-novo começava no equinócio de primavera, ou seja, hoje. As neves do inverno representavam a morte do ano velho, e purificavam a terra para quando o sol começasse a subir no céu. No calendário judaico, lembrem-se, o Rosh Hashaná foi semana passada - mas só coincide com a primavera no hemisfério sul, obviamente. Pra mim, mais dois motivos: meu aniversário extra-oficial, e a primeira chuva no Planalto Central. Tudo volta a ficar verde, tudo brota, renovado. Happy New Year. Shaná Tová! * * * Eu odeio o Saramago. É um mané de marca maior. Além de não saber escrever, só faz comentários inconvenientes - o último foi ter criticado o Kofi Annan, por ter dito que a ação de Bush no Iraque era ilegal. Fiquei atônito. Como assim, meu caro? Juro que tentei ler o Ensaio sobre a Cegueira. Juro que tentei. Mas o mané não sabe nem escrever! É confuso, e até um pouco prepotente. O estilo é uma mistura de "A Bíblia Sagrada" com Faulkner, mas de uma maneira ruim, se é que me entendem. É impossível encadear idéias desse jeito, sem ponto nem parágrafo. É um pé no saco pra quem lê. Mas pros intelectualóides metidos a besta, deve ser um orgasmo. A impressão que dá é que o Saramago é uma espécie de Diogo Mainardi dos intelectuais, ou seja, um mala hypado. No sentido mais estrito da palavra "hype": algo que muita gente fala que é bom, mas nem é essas coisas. Pra mim é mais que isso. é simplesmente horrível. E tenho dito. RAFA @ 18:36 tic-tac-tic-tac
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mirror, mirror
na vitrola
bio Brasileiro da gema, viajante do mundo por natureza. Sagitariano cuspido e escarrado, com ascendente em Aquário, seja lá o que isso for. Odeia sopas e caldos mais do que tudo no mundo, seguido de perto por cinismo. Nascido na Ilha do Leite, na cidade do Recife, criado na Urca e em muitos quartéis Brasil afora, foi enrolado por sua mãe na bandeira do Sport quando nasceu, mas ama mesmo é o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas. Afinal, amor que é amor tem que doer, e torcer pra time que só ganha é chato demais. Gosta de sentir a brisa da praia no rosto, do bobó de camarão de Dona Susana, e de frutos do mar em geral. Seus tempos de Colégio Militar no Rio o fizeram um cavalariano orgulhoso, mas um péssimo cavaleiro: ainda hoje insiste em querer montar pelo lado direito. Indie desde pequeninho, é mestre em gostar de bandas que ninguém nunca ouviu falar. Em razão do seu amor pelo róquenrou, tenta sem sucesso tocar instrumentos de cordas - violão, baixo, guitarra - mas sua incompetência não o deixa passar do meia-boca. Moço com grandes dotes culinários (só não morreu de inanição ainda por sua criatividade na cozinha), amante da boa-mesa - e de "forks" in the table - já até sentiu o sabor das nuvens. Com oito anos decidiu ser piloto de caça depois de ter visto Top Gun no cinema - desistiu aos 16 quando se deu conta que a Marinha não tinha caças e que milico ganha mal que só a porra. Hoje, graduado em Relações Internacionais pela UnB e mestrando em Comunicação na mesma, estuda para passar no Rio Branco, só porque gostou do cafezinho da Embaixada em Londres. Viciado em chocolate por falta crônica de sexo, vive dizendo que um alfajor de chocolate Havanna é quase tão bom quanto uma noitada com a Luana Piovani ou com a Jennifer Connoly. Eco-chato assumido, descobriu-se idealista depois de velho - dizem as más línguas que foi depois de ter finalmente entendido Kant, aquele mesmo que ele próprio passou a vida inteira malhando. Reza a lenda que seu idealismo é tão agudo que nunca vai deixar de acreditar em Papai Noel e na ONU. É um dos maiores acadêmicos de seu tempo, com 1,90m de altura, por isso mesmo preferindo as altas: "baixinha dá uma puta dor nas costas" reclama. Don Juan totalmente às avessas, "bigode" assumido, não tem muita afeição por gatos, a marxistas e a torcedores do Flamengo. Recebeu orgulhamente o diploma de cidadão honorário de Entre-Ijuís/RS, e já vislumbra o Nobel da Paz. Toma chimarrão regularmente, para curar bebedeira e manter a tradição. Sangue O positivo com muita testosterona, sofre de insônia, alergia a pó e falta de simancol. Escreve esse blog porque adora fazer uma graça - só não percebeu que a maior graça na vida dele é ser ele próprio.
blogs amigos Fotológuisson
soft cuca ![]()
sharp cuca about this blog *idiossincrasia (id). [Do grego idiossynkrasía: ídios, próprio + sykrasis, constituição, temperamento] S. f. 1. Disposição do temperamento do indivíduo, que o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos. 2. Maneira de ver, sentir, reagir, própria de cada pessoa. 3. Med. Sensibilidade anormal, peculiar a um indivíduo, a uma droga, proteína ou outro agente.Porque "Raridades & Idiossincrasias"? Não sei bem ao certo. Achei um título legal when it came out. Um título quase conceitual, eu diria. Sobre as "idiossincrasias", eu uso essa palavra sempre, mesmo soando meio intelectualóide demais pro meu gosto. No entanto, eu normalmente a uso com um sentido um pouco diferente do restrito léxico dos dicionários. Pra mim, essa "maneira de ver, sentir, reagir" se percebe nas menores coisas, aquele tipo de detalhe inerente à sua personalidade que nem mesmo as pessoas que melhor te conhecem poderiam notar. Aquelas pequenas manias, tipo Amélie Poulain, como fazer pedrinhas ricochetearem no canal ou enfiar a m?o num saco de tremoço (aliás, enfiar a mão num saco de qualquer cereal é fantástico!). Detalhes pequenos, mas muito importantes. Vitais! Essa é a idéia. Registrar estas pequenas raridades do dia-a-dia. Ou também as raridades que parecem grandes, mas que no final são igualmente pequenas. Isso faz parte do meu esforço de perceber a realidade ao redor com olhos mais clínicos, para poder enxergar a beleza dessas coisas. A manteiga derretendo no pãozinho quente, o cheiro fresco de grama molhada de chuva, essas coisas... Enjoy the experience! no baú
setembro 2004 Raridades v.1: out'02 a fev'03
Raridades v.2: out'03 a fev'04
Raridades v.3: mai'04 a set'04 - fora do ar devido aos idiotas da Globo.com
credits
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