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sexta-feira, setembro 24, 2004
Cidades. Algumas simplesmente passaram na minha vida. Outras me marcaram a ferro.
Como já disse, durante boa parte da minha vida medi minha felicidade em milhas percorridas. Quanto mais viajava, mais feliz - e aí, não sei o que vem primeiro, se fico feliz porque estou viajando, ou se viajo como manifestação de que as coisas estão bem. Tenho viajado muito pouco, aliás, nunca viajei tão pouco na vida. E por isso mesmo tenho estado muito nostálgico. Segunda foi 20 de setembro, Revolução Farroupilha, e lembrei de como esse feriado lá no RS é quase tão importante como o 7 de setembro. Ontem, minha prima Fabíola me manda de Toronto um e-mail pra lá de homesick sobre o Recife - o qual ainda vou transcrever, mesmo que só em parte. Hoje recebi essa foto aqui: ![]() É o meu Esquadrão, no Colégio Militar do Rio. Nos dizeres do brado de guerra, uma "tropa companheira". Bem mais do que isso, eu acho. O Esquadrão de Cavalaria do CMRJ é o mais próximo que eu consigo conceber de uma irmandade, no sentido mais puro que essa palavra possa ter. Durante o meu segundo grau (94-96), tinha eu aproximadamente trezentos irmãos e irmãs - hoje tenho muito mais, pois a família cavalariana só cresce. Apesar de todas as merdas, foi uma época muito feliz e saudável. Forjou o caráter e a personalidade do Rafa que eu conheço hoje. Pra mim, essa foto é emocionante. E eu, que já ando nostálgico, recebi o tiro de misericórdia com ela. Essa roda de cavalarianos, pulando e cantando, é a celebração de um tipo de vínculo difícil de explicar, mas que uniu e une todos aqueles que já passaram por ali. Hippo!!! * * * Semana que vem tem festa na Casa dos Moço. Só duas palavras: vai bombar! A última já tem dois anos, e foi bem "produtiva" para todos, se é que me entendem. Essas festas em república no começo do semestre é sempre pra ter muito, mas muito medo. E eu, no meu status de inquilino honorário dessa ilustríssimo templo de castidade e amor ao conhecimento, faço aqui o prestigioso marketing do convescote. Porque, como diria Sharon Stone, "nunca vi uma média de 25 centímetros!" * * * Meu irmão do meio fez uma tatuagem. O nome da namorada, grande, no bíceps. Em henna, que ele não é doido. Mas, pensando bem, mesmo em henna, tatuar uma coisa dessas é sempre doido, quanto mais no caso dele. Pra completar, ele anda um porre. E tivemos bad news sobre a saúde dele. Acho que a ficha ainda não caiu. * * * É só impressão minha, ou a cidade não bombou a metade para esse BMF Eletrônico em comparação como BMF Rock, ano passado? Tudo bem, ano passado era tudo novidade... mas ainda acho que o eletrônico vai demorar muito para alcançar o bom e velho rock n' roll na preferência geral. Compare-se o que se falou de Alanis, Live, Pretenders e das bandas nacionais no ano passado, com os ilustres deejays que vão dar as caras esse ano. Isso mesmo, não tem comparação. Não que eu não goste de música eletrônica. Adoro. Mas, como já disse, ainda há poucos que de fato fazem Arte no gênero. O artista tem que ser uma pessoa com uma sensibilidade bem diferente da média das pessoas, e que sabe traduzir a sua visão de mundo em uma técnica para que os outros entendam. O que a maioria dos deejays faz é dominar uma técnica, e só. mas vamos parar por aqui, que esse post já tá enorme. RAFA @ 11:34 tic-tac-tic-tac
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mirror, mirror
na vitrola
bio Brasileiro da gema, viajante do mundo por natureza. Sagitariano cuspido e escarrado, com ascendente em Aquário, seja lá o que isso for. Odeia sopas e caldos mais do que tudo no mundo, seguido de perto por cinismo. Nascido na Ilha do Leite, na cidade do Recife, criado na Urca e em muitos quartéis Brasil afora, foi enrolado por sua mãe na bandeira do Sport quando nasceu, mas ama mesmo é o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas. Afinal, amor que é amor tem que doer, e torcer pra time que só ganha é chato demais. Gosta de sentir a brisa da praia no rosto, do bobó de camarão de Dona Susana, e de frutos do mar em geral. Seus tempos de Colégio Militar no Rio o fizeram um cavalariano orgulhoso, mas um péssimo cavaleiro: ainda hoje insiste em querer montar pelo lado direito. Indie desde pequeninho, é mestre em gostar de bandas que ninguém nunca ouviu falar. Em razão do seu amor pelo róquenrou, tenta sem sucesso tocar instrumentos de cordas - violão, baixo, guitarra - mas sua incompetência não o deixa passar do meia-boca. Moço com grandes dotes culinários (só não morreu de inanição ainda por sua criatividade na cozinha), amante da boa-mesa - e de "forks" in the table - já até sentiu o sabor das nuvens. Com oito anos decidiu ser piloto de caça depois de ter visto Top Gun no cinema - desistiu aos 16 quando se deu conta que a Marinha não tinha caças e que milico ganha mal que só a porra. Hoje, graduado em Relações Internacionais pela UnB e mestrando em Comunicação na mesma, estuda para passar no Rio Branco, só porque gostou do cafezinho da Embaixada em Londres. Viciado em chocolate por falta crônica de sexo, vive dizendo que um alfajor de chocolate Havanna é quase tão bom quanto uma noitada com a Luana Piovani ou com a Jennifer Connoly. Eco-chato assumido, descobriu-se idealista depois de velho - dizem as más línguas que foi depois de ter finalmente entendido Kant, aquele mesmo que ele próprio passou a vida inteira malhando. Reza a lenda que seu idealismo é tão agudo que nunca vai deixar de acreditar em Papai Noel e na ONU. É um dos maiores acadêmicos de seu tempo, com 1,90m de altura, por isso mesmo preferindo as altas: "baixinha dá uma puta dor nas costas" reclama. Don Juan totalmente às avessas, "bigode" assumido, não tem muita afeição por gatos, a marxistas e a torcedores do Flamengo. Recebeu orgulhamente o diploma de cidadão honorário de Entre-Ijuís/RS, e já vislumbra o Nobel da Paz. Toma chimarrão regularmente, para curar bebedeira e manter a tradição. Sangue O positivo com muita testosterona, sofre de insônia, alergia a pó e falta de simancol. Escreve esse blog porque adora fazer uma graça - só não percebeu que a maior graça na vida dele é ser ele próprio.
blogs amigos Fotológuisson
soft cuca ![]()
sharp cuca about this blog *idiossincrasia (id). [Do grego idiossynkrasía: ídios, próprio + sykrasis, constituição, temperamento] S. f. 1. Disposição do temperamento do indivíduo, que o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos. 2. Maneira de ver, sentir, reagir, própria de cada pessoa. 3. Med. Sensibilidade anormal, peculiar a um indivíduo, a uma droga, proteína ou outro agente.Porque "Raridades & Idiossincrasias"? Não sei bem ao certo. Achei um título legal when it came out. Um título quase conceitual, eu diria. Sobre as "idiossincrasias", eu uso essa palavra sempre, mesmo soando meio intelectualóide demais pro meu gosto. No entanto, eu normalmente a uso com um sentido um pouco diferente do restrito léxico dos dicionários. Pra mim, essa "maneira de ver, sentir, reagir" se percebe nas menores coisas, aquele tipo de detalhe inerente à sua personalidade que nem mesmo as pessoas que melhor te conhecem poderiam notar. Aquelas pequenas manias, tipo Amélie Poulain, como fazer pedrinhas ricochetearem no canal ou enfiar a m?o num saco de tremoço (aliás, enfiar a mão num saco de qualquer cereal é fantástico!). Detalhes pequenos, mas muito importantes. Vitais! Essa é a idéia. Registrar estas pequenas raridades do dia-a-dia. Ou também as raridades que parecem grandes, mas que no final são igualmente pequenas. Isso faz parte do meu esforço de perceber a realidade ao redor com olhos mais clínicos, para poder enxergar a beleza dessas coisas. A manteiga derretendo no pãozinho quente, o cheiro fresco de grama molhada de chuva, essas coisas... Enjoy the experience! no baú
setembro 2004 Raridades v.1: out'02 a fev'03
Raridades v.2: out'03 a fev'04
Raridades v.3: mai'04 a set'04 - fora do ar devido aos idiotas da Globo.com
credits
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