domingo, novembro 28, 2004
O Sabor das Mulheres
(ou: Pequena Lição sobre a Natureza da Mulher-Comida) Pra comer essa aí, só de Audi TT Pois é, amigo leitor e dândi de plantão. Tal como nossos ancestrais tupinambás, que comiam (ou deixavam-se comer por) suas presas antes de comê-las de fato (esse último, do verbo ingerir mesmo), nós também temos espaço aqui para elocubrações de caráter sexual-alimentício. Afinal, nós somos o que comemos. Estamos no topo da cadeia alimentar. Comemos de tudo - ou não. Não, pequeno dândi e gafanhoto... ninguém aqui vai dar dicas de como emoldurar a, digamos, xana da mulher amada com chantilly e mousse de chocolate, encaixando delicadamente um morango na... deixa pra lá, coleguinha. O negócio mesmo é saber exatamente o que você está comendo. Ou não. Ou não apenas conceitualmente. Afinal, quem é que come quem? De quem é a boca, after all? Aqui vai um pequeno brainstorming sobre o que se serve em assuntos de cama e mesa, ou mesa e cama, ou mesa-e-mesa, tal como o italiano que queria um garfo e... deixa pra lá. Sintam-se totalmente à vontade para acrescentar pratos ao nosso mui humilde cardápio, e... bom apetite! (também conhecido como Me-nu) (preliminares são importantes, ó pá) Mulher Pão: tem sempre o mesmo gosto, mas você come todo dia. Mulher Aperitivo: acompanhada de uma bebida você come e ainda acha bom. (o que se quer é estar acompanhado, non?) Mulher Arroz:: é a oficial. Você só come porque já está acostumado. Mulher Salada: é bonita, mas quando você come descobre que não é tão gostosa assim. Mulher Maionese de Fim de Festa: todo mundo te avisa pra não comer, mas você come porque tá desesperado; se arrepende e depois passa mal. Mulher Espinafre: te dá forças quando você está na pior. (porque nós somos brasileiros, e não desistimos nunca) Mulher Feijoada: você come e ela fica te enchendo o dia todinho. Mulher Camarão: só tem merda na cabeça, mas é gostosa e você come assim mesmo. Mulher Caranguejo: é feia e peluda, mas você bate nela, limpa direitinho e come. Mulher Lagosta: só come quem tem dinheiro. Mulher Caviar: você sabe que alguém está comendo, mas não é ninguém que você conheça. Mulher Bacalhau: você só come uma vez por ano. (tem gosto pra tudo) Mulher Rã: todo mundo já comeu, menos você. Mulher Queijo Coalho: é toda quadrada, mas que você come assim mesmo. Mulher Jiló: é horrível, mas você conhece alguém que come. Mulher Cogumelo Venenoso: comeu, tá fudido. (tudo fica mais fácil depois de umas bebericadas) Mulher Refrigerante: é pressão o tempo todo. Mulher Cafezinho de Supermercado: você nem faz questão, mas como é de graça, você come. Mulher Sorvete: se você não comer logo, ela "derrete" e você não come nunca mais. Mulher Docinho de Festa: você fica com vergonha de chegar junto, então vem outro e come e deixa você chupando dedo... (pra quem não tem grana e/ou paciência) Mulher Marmita: não é lá essas coisas, mas você come rapidinho. Mulher Miojo: em três minutos tá pronta pra comer. Mulher Coca 2 litros: dá prá seis. Mulher Engov: você dá uma antes de sair, faz farra a noite toda, e quando volta pra casa, bêbado, dá outra antes de dormir. [Devidamente inspirado no post de Nina K. sobre as carnes. Porque eu também leio blogs amigos. Só não pago direitos autorais. Mas tudo bem.] RAFA @ 19:42 tic-tac-tic-tac
sexta-feira, novembro 26, 2004
Preto, branco, tons de cinza (III)
Y cuando cae la noche, baja a bailar a la Tasca A Lua têm me seguido nesses últimos dias. De uma madrugada fria e hippie na esplanada rodeado de amigos a uma janela solitária de um quinto andar qualquer, parece que ela tirou uma folga dos casais de namorados e veio me dar uma espiadela. Tal como uma amante ciumenta, ela vigia de longe e permanece calada, só porque não pode cobrar-me fidelidade. Afinal, agora estou mais diurno do que me possa lembrar esse ano. Como bom filho dos trópicos, senti falta do sol. Mal sabe ela que, ao chegar para satisfazer sua curiosidade noturna, ela acaba por revelar-se inteira, desnuda, como se fosse ela o grande seio que derrama a via láctea. Vê, que bela. A mãe da noite, a amante dos perdidos, puta e sacra. Será possível, ser chamado à contemplação assim? Só sei que ela me seguiu esses dias, nightstalking. Estava no Eixão a cem por hora, acompanhado por um amigo semi-desperto (ou seria semi-dormindo?). Ela, entre nuvens, tentava esconder-se. But I spotted her alright. Deixava seu rastro branco por onde passasse. Ah, se todas as amantes fossem como a Lua. Esconde-se querendo se mostrar, ignora querendo adular, fala querendo gemer. A que aparece agressiva e assustadora, apenas para revelar-se frágil e desprotegida. Puta e sacra. Anjo e demônio. Luz e escuridão. *** Penso: me ofendo cada vez menos com o que as pessoas dizem ou fazem. Ainda sim, não gosto de gente morna. É quente ou frio, ou eu vomito. Ora, algumas pessoas realmente não conseguem tomar decisões na vida. Tomara que algum dia eu aprenda a ter mais paciência com elas. Até lá, Grande Fodão, dá-me distância. *** Como diria o mestre Fito Paez, "es solo una cuestión de actitud". Life's what you make of it. Stop whining, and do something about it. Full stop. RAFA @ 17:56 tic-tac-tic-tac
segunda-feira, novembro 22, 2004
Preto, branco, tons de cinza (II)
alvo, negro, gris Tudo bem, o jogo com o urubu ficou no decepcionante zero a zero. Mas uma coisa me deixou realmente feliz - tirando, é claro, que haviam mais botafoguenses que urubus no Maracanã, o que é notável. Começou na minha caminhada de fim-de-tarde no Olhos d'Água, no chope com o Arthur no Bedrock, no trânsito umas cinco vezes. Parece mesmo que todos os botafoguenses de Brasília, que não são poucos, tiraram suas camisas do armário, e mesmo com o risco do rebaixamento ainda presente fizeram questão de demonstrar seu amor e fidelidade. Afinal, torcer pra time que só ganha é muito fácil. Assim como amar sem dor. Chega a ser incompleto. *** A rotina (ou falta dela) tem sido verdadeiramente surreal. Quando penso que não sei onde estarei em uma hora, tenho que rever meus conceitos e abaixar o timeframe da incerteza para dez minutos. E uma virada pode ter acontecido para mim just now. Quem sabe? *** Está decidido: Dona Renata vai embora. E provavelmente não deixará saudades. Foi numa quinta-feira de uma manhã desmotorizada, com direito a alguns milhões de centímetros de ônibus e de papeete (os centímetros de papeete são sempre bem mais longos dos que os de ônibus, claro). Foi aí que ela pegou a sua four-week-notice. E a desalmada ainda deu pinta que queria ficar mais. Que sem-noção. Em seu lugar, o sol. Me dê a mão, vamos sair... *** Tons de cinza no céu e no filé de peixe. Estranho, parece que só eu acho cinza uma cor feliz. Será porque I'm only happy when it rains? Aliás, peguei um chuvaréu no outro dia... seiscentos metros de corrida embaixo de uma monção cataclísmica. Pra animar o passo, imaginei uma fanfarra tocando a marcha acelerada. Funcionou. *** Estudar, estudar, estudar... RAFA @ 17:02 tic-tac-tic-tac
domingo, novembro 21, 2004
Preto, branco, tons de cinza
Rattle & Hum A fotografia em preto-e-branco tem um charme muito peculiar. Em parte, e/ou para a maioria das pessoas, por remeter-se a uma técnica mais antiga, de quando transpor cores à película simplesmente não era possível. Mas pra mim, é mais do que isso. Há um certo valor transcendente a isso. Captar a realidade como yin e yang, pelo contraste em um parâmetro (ou será pelo parâmetro-em-contraste?) percebendo a gradação entre os extremos: isso é o que pretty much nós, reles seres humanos, somos capazes de fazer. Vejam bem, essa coisa de perceber a realidade que nos cerca e preenche em RGB é impossível para nós, homo sapiens de araque. É muita coisa para nossas cabecinhas. *** A foto não está aí por acaso. O ú-dois tem me acompanhado nesses últimos dias, primeiro, num monitor do Fridays, depois em uma house party, com o DVD do Rattle & Hum, e hoje, vendo o últimos shows da Elevation tour no Slane Castle, e as cenas do Unforgettable Fire gravadas no salão de bailes quase vinte anos atrás. Eles valem as 500 libras. *** Brasília. Cada vez que passo a ponte JK de manhã cedo, depois de deixar o Pedro em casa depois de balada, me pego a pensar sobre o que essa cidade tem sido para mim. Talvez seja o trânsito calmo, a visão de um grande espelho d'água ou do verde do clube de golfe, ou mesmo a imagem do prédio do CCBB crescendo lentamente no meu pára-brisas enquanto eu desço a lower half da ponte para subir a ladeirinha que leva à Esplanada. O fato é que esse lugar aqui deixou de ser porto, e eu já escrevi sobre isso aqui. Mas não sei o que é ainda. Não dá pra definir em poucas palavras, muito menos conceitualmente. Lugar ideal? Tá longe. Odeio a secura daqui. Nasci e cresci perto do mar, preciso da umidade. Mas não pode ser só isso. Afinal, o que falta para que eu realmente possa gostar de verdade deste lugar? Só isso mesmo. Porque já me sinto vinculado de uma maneira bastante forte com esse lugar. De maneira indelével. *** Estorinha: meu computador é 500 Mhz, mas achava que tinha 150. Tudo porque as configurações do hardware estavam erradas. Ou seja, ele próprio não tinha consciência de que era bem mais potente. E nem eu. O pior é que, ao que parece, quase todos os técnicos que vinham aqui em casa solucionar algum rolo com ele percebiam isso e restauravam a configuração ideal - mas nunca me falavam. Tinham isso como corriqueiro. Até que um me falou esse babado todo. E disse que, por causa de uma bateria velha e fraca na placa-mãe, as alterações na configuração eram sempre perdidas asism que se desligava a máquina. Até dava pra convencer o pobre pangaré de que ele era na verdade um puro-sangue. Mas assim que desligava, pum, ele esquecia tudo. Pois agora tudo é diferente. A bateria é nova, e as configurações estão ideais. Ele, pelo jeito, ainda não esqueceu, e pelo visto não esquecerá anytime soon. Engraçado como nossas coisas são um espelho de nós mesmo, quase como os animais de estimação são um reflexo de seus donos. Agora me digam: onde será que eu troco a bateria? *** Semana ao som do acústico do Engenheiros (picks: Terceira do plural, Armas químicas e poemas, 3x4) de Lithium do Nirvana, Nada valgo sin tu amor do Juanes e de Dame otro tequila da Paulina Rubio. Porque eu sou um cara eclético mesmo. E sim, todas as músicas que posto aqui refletem de alguma forma meu estado de humores. Respondi à sua questão, cara leitora? RAFA @ 00:32 tic-tac-tic-tac
domingo, novembro 14, 2004
Aonde leva essa loucura?
Qual é a lógica do sistema? Onde estavam as armas químicas? O que diziam os poemas? RAFA @ 13:48 tic-tac-tic-tac
sexta-feira, novembro 12, 2004
Virou fotolog
Pois é, já fazia muito tempo que eu não postava imagens aqui... e como o orcúte não aceita fotos nesse formato nem o fotolog.net parece ter muitas simpatias pela minha pessoa (já tentei criar conta lá uma dezena de vezes e niente), resolvi postar algumas aqui no Raridades mesmo. A vantagem é que dá pra botar bem mais que dez comments - não que qualquer das fotos chegue nesse tanto, mas pelo menos não tem ninguém pra dizer que não pode. Depois falo alguma coisa sobre a balada de ontem. Por ora, me deixem curtir essa ressaca... já fazia muito tempo que eu não tinha uma. E essa veio com tudo o que tinha direito: estômago embrulhado, lembranças fragmentadas e emoções não muito bem definidas. Eu mereço. Ao som de A Revolta dos Dândis do Acústico do Engenheiros (acho que vou ter um orgasmo musical quando ouvir o CD inteiro), umas velharias beeeem velhas dos Stones, e pra completar a minha fase "saudades do sul", Ramones e Tequila Baby e American idiot do Green Day. Porque todos nós já tivemos nossa fase punk adolescente... RAFA @ 12:03 tic-tac-tic-tac
Meu quarto. Basicamente, um resumo da ópera. RAFA @ 12:00 tic-tac-tic-tac
Old English Sheepdog - um solzinho ia bem. RAFA @ 11:58 tic-tac-tic-tac
My precioussss: minha viola, meu baixo Washburn, a placa do CMRJ e o CPE. Tudo no meu quarto. Pra quem não viu, tem também uma Union Jack e um sofá-cama espertíssimo - if only it could speak... RAFA @ 11:56 tic-tac-tic-tac
Books & beer - entorpecendo a mente RAFA @ 11:50 tic-tac-tic-tac
Lilica: boniiito! RAFA @ 11:46 tic-tac-tic-tac
Mind the big espinha! RAFA @ 11:43 tic-tac-tic-tac
Tovarisch... RAFA @ 11:42 tic-tac-tic-tac
O Visconde RAFA @ 11:41 tic-tac-tic-tac
Mamãe caprichou RAFA @ 11:39 tic-tac-tic-tac
quinta-feira, novembro 11, 2004
Engraçado é como a palavra "figuraça" pode ser um eufemismo para designar pessoas loucas. No mínimo curioso.
E nessa de semiótica, passei a perceber que o som diz tanto sobre o sentido subjacente das palavras como as próprias palavras determinam a linguagem do pensamento - por isso mesmo seu viés. Exemplos? Hmmm... adoro dizer a palavra "tobogã", porque me acalma. E no outro dia vi uma amiga evangélica num fenômeno que eles chamam de "orar em línguas" - mas, em vez de ser obras da divindade, acredito que as tais sílabas são tão somente expressões de idéias - ou de seus fragmentos - liberadas pelo veículo da fala sem codificação. E sim, elas são a expressão fiel dessas idéias. Que legal. *** Esses dias tive o pior tipo de saudade que se pode ter: saudade daquilo que nunca se teve. Estávamos eu e Hugão de bobeira no minhocão. Íamos prum esqueminha lá na Antropologia (o Antro, só não se sabe de que) mas tava fraco demás... fomos parar num esqueminha na FAU. Tava muito bom mesmo, gente bonita, boa música, mas... a gente tava mais perdido que cusco caído de caminhão de mudança. Na verdade, o fato é que nunca, em 4 anos naquela universidade, tinha ido pra uma festinha tão descoladette (os esquemas CAHIS-e-demais-CAs-podiscrê não se incluem nessa categoria, claro.) O REL é uma parada tão pretensiosamente sofisticada que nossas festinhas chegam a parecer de repartição pública. Strangely enough, vou em uma daqui a pouco, e estou até empolgado. Vai entender essa cabecinha... *** No outro dia fomos no "Êxodos", aquele esquema de teatro alternativo no ICC sul. Tinha uns 3 esquétes que estavam legais: o casal no buraco, a bailarina, a moça vendo filmes de viagem. Do resto eu não gostei, way too alternative for me . Tive até vontade de vomitar em um deles, que envolvia um frango morto e outros alimentos. Não aguentei três minutos desse. Estômago fraco o meu. Fora que eu já tinha gasto todo o pouco fosfato que me restava no concurso da ANEEL, aliás, a prova mais cansativa ever. Será? Hmmm... não sei. Quem sabe? Nunca se sabe. Pelo menos nunca ao certo. Importa? *** O mundo é cheio de assimetrias, e temos que nos acostumar com elas. Uma das que mais incomoda essa pobre alma que vos fala é a assimetria de gostares: uma pessoa nunca gosta de outra da mesma forma que é gostada pela mesma. Pior: as gentes nunca estão lá quando outras gentes precisam delas, e quanto mais procuram, mais distantes ficam dos que querem achar. E como lidar com isso, se ser gostado é uma necessidade humana tão vital e tão parte daquilo que concebemos como amor próprio? Resignar-se? Jamais. Esse verbo não transita muito em meu dicionário. Mas aceitar a diferença, nesse caso, pode ser a melhor reação-pró-ativa que se pode ter. Afinal, quem dá o afago é quem o recebe de verdade. Só aquilo que damos nos pertence. O resto é só emprestado. *** Brasília, pode ter chegado a grande hora da decisão. Será que é tempo de levantar âncoras e seguir para o próximo porto, ou será que o impossível - bater pilares de fundações - finalmente acontecerá? Durante tempo demais achei que esse lugar nem porto era - não passava de uma área de passagem, como o Passo do Bósforo ou de Magalhães. Ledo engano. Mais que um porto, Brasília mostrou-se como um lugar em que poderia estar-se à deriva sem sair do lugar, e sem nunca ver terra firme. Engraçado. Só fui perceber isso quando recolhi as velas no meio da ventania. *** A maré mudou, a começar pelos cabelos. Agora, mais curtos e comportados, como d'antes. Mas agora já temos quase o dobro de tempo de calmaria do que se passou na tempestade - ou será que foi o contrário? Não sei mesmo. Bem, se foi-se foi, a ventania já passou, e os cabelos curtos refletem isso. Mas é da natureza das ventanias deixar rasgos, e de alguma forma, moldar as velas. Por isso, nào está tudo exatamente como d'antes. Nunca poderiam estar. Se não nos restou nada, resta apenas tirar algo de positivo do que passou. Mesmo que muito pouco. Mesmo que só a vantagem - conceitual, nada mais - de se ter passado. *** RAFA @ 20:08 tic-tac-tic-tac
segunda-feira, novembro 01, 2004
Dias de simulado para o Rio Branco, crises alérgicas, decepções anunciadas e muitas gargalhadas. Sábado, Misticismo da Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo. Passei mal de tanto rir. É a melhor peça deles até agora (Notícias Populares eu achei marromeno, das que eu fui é a mais fraquinha). Comemorar o aniversário de casamento dos meus pais com pizza e chope, conhecer gente nova e interessante no Mont Sion, after hours na Casa dos Moço. Cama.
Isso sem falar no excelente Merlot que tomamos no outro dia, por cortesia do nosso amigo tamanduá-bandeira, acompanhado de bolinho de macaxeira e uma salada samba-do-crioulo-doido, que tinha de quiabo frito a manga. Bizarre, but good anyhow. Acho que o vinho, mesmo pouco, desperta os impulsos dionisíacos que há em nós. Amplifica nossas vontades. Pena que fui pra casa suzin, suzin... Ontem, piadas com clipes antigos e gente com bigodes mexicanos e indianos... cool. Só que tava demorando pra minha alergia voltar. Fazia tanto tempo, já nem lembrava direito como é uma merda ficar lerdo e drowsy. E acho que essa alergia fez crescer o bigode... *** Em breve, revoluções no visual. Estou deixando a barba crescer só pra tirar uma foto com barba e cabelo grande, ao estilo Último Samurai que eu queria. Depois, xis, question mark, eteceteras. Vou voltar às minhas origens. Só não sei de que forma. *** Essa é a melhor época para se estar em Brasília. Gramados verdes, copas cheias, ar fresco e sem poeira, e ainda sem chuva todos-os-dias-o-dia-todo. A gente até rende mais. E vou explorar mais a hermenêutica para escrever aqui. Afinal, é para mim e amigos próximos, non? Se você, caro leitor, não entendeu alguma coisa, siga meu conselho: use a intuição, e não leve tão a sério. Ou melhor, leve, mas saiba que sou louco. Loooooouco! Hahah6gasj2iogbdjqqyiobzsa!!!!! RAFA @ 14:27 tic-tac-tic-tac Dona Renata já faz parte de minha vida. Infelizmente. Todos os dias Dona Renata me põe para dormir, fingindo ternura, só para deixar um gosto amargo de fel na boca. Me põe para dormir, mas nunca me acorda na hora certa. Ao contrário, fica ela lá, com o sol já alto, ao lado da minha cama, cantando canções de ninar para passar o tempo. Uma desocupada, essa Dona Renata. Mas os dias dela estão contados. Sei que estão. I can feel it. RAFA @ 14:08 tic-tac-tic-tac
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mirror, mirror
na vitrola
bio Brasileiro da gema, viajante do mundo por natureza. Sagitariano cuspido e escarrado, com ascendente em Aquário, seja lá o que isso for. Odeia sopas e caldos mais do que tudo no mundo, seguido de perto por cinismo. Nascido na Ilha do Leite, na cidade do Recife, criado na Urca e em muitos quartéis Brasil afora, foi enrolado por sua mãe na bandeira do Sport quando nasceu, mas ama mesmo é o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas. Afinal, amor que é amor tem que doer, e torcer pra time que só ganha é chato demais. Gosta de sentir a brisa da praia no rosto, do bobó de camarão de Dona Susana, e de frutos do mar em geral. Seus tempos de Colégio Militar no Rio o fizeram um cavalariano orgulhoso, mas um péssimo cavaleiro: ainda hoje insiste em querer montar pelo lado direito. Indie desde pequeninho, é mestre em gostar de bandas que ninguém nunca ouviu falar. Em razão do seu amor pelo róquenrou, tenta sem sucesso tocar instrumentos de cordas - violão, baixo, guitarra - mas sua incompetência não o deixa passar do meia-boca. Moço com grandes dotes culinários (só não morreu de inanição ainda por sua criatividade na cozinha), amante da boa-mesa - e de "forks" in the table - já até sentiu o sabor das nuvens. Com oito anos decidiu ser piloto de caça depois de ter visto Top Gun no cinema - desistiu aos 16 quando se deu conta que a Marinha não tinha caças e que milico ganha mal que só a porra. Hoje, graduado em Relações Internacionais pela UnB e mestrando em Comunicação na mesma, estuda para passar no Rio Branco, só porque gostou do cafezinho da Embaixada em Londres. Viciado em chocolate por falta crônica de sexo, vive dizendo que um alfajor de chocolate Havanna é quase tão bom quanto uma noitada com a Luana Piovani ou com a Jennifer Connoly. Eco-chato assumido, descobriu-se idealista depois de velho - dizem as más línguas que foi depois de ter finalmente entendido Kant, aquele mesmo que ele próprio passou a vida inteira malhando. Reza a lenda que seu idealismo é tão agudo que nunca vai deixar de acreditar em Papai Noel e na ONU. É um dos maiores acadêmicos de seu tempo, com 1,90m de altura, por isso mesmo preferindo as altas: "baixinha dá uma puta dor nas costas" reclama. Don Juan totalmente às avessas, "bigode" assumido, não tem muita afeição por gatos, a marxistas e a torcedores do Flamengo. Recebeu orgulhamente o diploma de cidadão honorário de Entre-Ijuís/RS, e já vislumbra o Nobel da Paz. Toma chimarrão regularmente, para curar bebedeira e manter a tradição. Sangue O positivo com muita testosterona, sofre de insônia, alergia a pó e falta de simancol. Escreve esse blog porque adora fazer uma graça - só não percebeu que a maior graça na vida dele é ser ele próprio.
blogs amigos Fotológuisson
soft cuca
sharp cuca about this blog *idiossincrasia (id). [Do grego idiossynkrasía: ídios, próprio + sykrasis, constituição, temperamento] S. f. 1. Disposição do temperamento do indivíduo, que o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos. 2. Maneira de ver, sentir, reagir, própria de cada pessoa. 3. Med. Sensibilidade anormal, peculiar a um indivíduo, a uma droga, proteína ou outro agente.Porque "Raridades & Idiossincrasias"? Não sei bem ao certo. Achei um título legal when it came out. Um título quase conceitual, eu diria. Sobre as "idiossincrasias", eu uso essa palavra sempre, mesmo soando meio intelectualóide demais pro meu gosto. No entanto, eu normalmente a uso com um sentido um pouco diferente do restrito léxico dos dicionários. Pra mim, essa "maneira de ver, sentir, reagir" se percebe nas menores coisas, aquele tipo de detalhe inerente à sua personalidade que nem mesmo as pessoas que melhor te conhecem poderiam notar. Aquelas pequenas manias, tipo Amélie Poulain, como fazer pedrinhas ricochetearem no canal ou enfiar a m?o num saco de tremoço (aliás, enfiar a mão num saco de qualquer cereal é fantástico!). Detalhes pequenos, mas muito importantes. Vitais! Essa é a idéia. Registrar estas pequenas raridades do dia-a-dia. Ou também as raridades que parecem grandes, mas que no final são igualmente pequenas. Isso faz parte do meu esforço de perceber a realidade ao redor com olhos mais clínicos, para poder enxergar a beleza dessas coisas. A manteiga derretendo no pãozinho quente, o cheiro fresco de grama molhada de chuva, essas coisas... Enjoy the experience! no baú
setembro 2004 Raridades v.1: out'02 a fev'03
Raridades v.2: out'03 a fev'04
Raridades v.3: mai'04 a set'04 - fora do ar devido aos idiotas da Globo.com
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