:: Raridades ::
segunda-feira, novembro 22, 2004

Preto, branco, tons de cinza (II)


alvo, negro, gris

Tudo bem, o jogo com o urubu ficou no decepcionante zero a zero. Mas uma coisa me deixou realmente feliz - tirando, é claro, que haviam mais botafoguenses que urubus no Maracanã, o que é notável. Começou na minha caminhada de fim-de-tarde no Olhos d'Água, no chope com o Arthur no Bedrock, no trânsito umas cinco vezes. Parece mesmo que todos os botafoguenses de Brasília, que não são poucos, tiraram suas camisas do armário, e mesmo com o risco do rebaixamento ainda presente fizeram questão de demonstrar seu amor e fidelidade.

Afinal, torcer pra time que só ganha é muito fácil. Assim como amar sem dor. Chega a ser incompleto.

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A rotina (ou falta dela) tem sido verdadeiramente surreal. Quando penso que não sei onde estarei em uma hora, tenho que rever meus conceitos e abaixar o timeframe da incerteza para dez minutos.

E uma virada pode ter acontecido para mim just now. Quem sabe?

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Está decidido: Dona Renata vai embora. E provavelmente não deixará saudades.

Foi numa quinta-feira de uma manhã desmotorizada, com direito a alguns milhões de centímetros de ônibus e de papeete (os centímetros de papeete são sempre bem mais longos dos que os de ônibus, claro). Foi aí que ela pegou a sua four-week-notice. E a desalmada ainda deu pinta que queria ficar mais. Que sem-noção.

Em seu lugar, o sol. Me dê a mão, vamos sair...

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Tons de cinza no céu e no filé de peixe. Estranho, parece que só eu acho cinza uma cor feliz. Será porque I'm only happy when it rains?

Aliás, peguei um chuvaréu no outro dia... seiscentos metros de corrida embaixo de uma monção cataclísmica. Pra animar o passo, imaginei uma fanfarra tocando a marcha acelerada. Funcionou.

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Estudar, estudar, estudar...



RAFA @ 17:02 tic-tac-tic-tac