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domingo, dezembro 26, 2004
Lux vera in tenebris lucet
Tá bom, tá bom... agora quem tá bancando o dândi de plantão sou eu, mandando mensagenzinha pra lista inteira d´orkúte - e postando aqui no blogue. Mas agora aguentem. Pois, se vocês não querem saber sobre minhas considerações de fim de ano, eu pelo menos quero dizê-las. É preciso. Necessário. Uno: milhões de agradecimentos a todas as demonstrações de carinho recebidas no meu aniversário. Mesmo aos azarados que não puderam bebemorar conosco no emBARgado ou no after hours de violões e vodka da praça, obrigado pelos scraps, e-mails e telefonemas. Desculpem não poder agradecer em particular a cada um, é que meu tempo de internet anda cada vez mais escasso. Saibam que, de longe, meu maior presente deste ano foi ter visto uma mesa de bar tão cheia. Me faz ver o quanto sou feliz e sortudo por ter bons amigos como vocês (e que nem são tão poucos quanto imaginava!). Como dizem em bom advoguês: data venia, vocês são FODA! (E vocês sabem bem o que foda é, não?) Dos: aos ilustríssimos irmãos alvinegros, obrigado pela nossa vigília de domingo em honra da permanência do nosso glorioso Botafogo de Futebol e Regatas na primeirona. Se ter amigos é bom, dividir o mesmo amor com alguns deles é ótimo. Obrigado por alongar por um dia as comemorações do meu aniversário, pela alegria mesmo em condições adversas e pela cervejinha gelada. Tudo isso me mostrou que o verdadeiro amor sempre dói demais, mas sempre compensa. Tres: em cumprimento á promessa feita em 2002 de nunca mais passar o revelião na Capital Federal - por amor a meus pulsos e aos colegas da polícia embarcada, que recolhe as dezenas de milhares de corpos daqueles que se jogam da ponte JK no Lago Paranoá nesta noite - não estarei aqui para ver a queima de fogos na Esplanada (ooohhh...). Instead, me embrenharei-me a mim mesmo num verdadeiro safari antropológico pelas entranhas das Minas Gerais, em busca de uma Pasárgada perdida chamada Cataguases, onde, como num conto de Munchausen, serei recebido por um certo homem-tamanduá e nosso amigo o marquês daquelas paragens, e brindarei o ano vindouro com as cachaças e proseccos que escolherei. Ainda não estou certo sobre o nível de medievalismo dos lugares, mas tentarei manter-me conectado. * * * Por último, deixo meu balanço de ano. 2004 foi uma bosta, em quase todos os sentidos, como a maioria dos anos pares, aliás. Nada de achievements ou grandes realizações. Stuck in second gear, como muitos de vocês puderam ver. Mas mesmo assim, não foi um ano perdido de maneira nenhuma. Tive tempo pra pensar, e aprendi como nunca sobre mim mesmo e as pessoas que me cercam, o sentido do tempo e da vida. A principal? Procurar sentido pra vida é burguês demais. Às vezes temos que nos dar conta que viver - e sobreviver - é preciso, necessário mesmo. Sem pensar muito nem exagerando na punheta intelectual. Quem está quase morto ainda vive, mas quem quase vive morre um pouco a cada dia. É isso. Obrigado a todos vocês por tudo que aprendi esse ano, e pelo brilho que trazem à minha existência. Tenham excelentes festas, e que o Grande Arquiteto tenha a todos vocês muito bem no livro da vida de 2005. Estaremos aqui, nesse mesmo bat-canal, para mais aventuras e desventuras. Juntos, acima de tudo. 2005 será melhor para todos nós, com toda a certeza. Mas vivendo um dia de cada vez. Ketivá vi chatimá tová! Beijos e abraços a todos, do amigo RAFA @ 18:10 tic-tac-tic-tac
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mirror, mirror
na vitrola
bio Brasileiro da gema, viajante do mundo por natureza. Sagitariano cuspido e escarrado, com ascendente em Aquário, seja lá o que isso for. Odeia sopas e caldos mais do que tudo no mundo, seguido de perto por cinismo. Nascido na Ilha do Leite, na cidade do Recife, criado na Urca e em muitos quartéis Brasil afora, foi enrolado por sua mãe na bandeira do Sport quando nasceu, mas ama mesmo é o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas. Afinal, amor que é amor tem que doer, e torcer pra time que só ganha é chato demais. Gosta de sentir a brisa da praia no rosto, do bobó de camarão de Dona Susana, e de frutos do mar em geral. Seus tempos de Colégio Militar no Rio o fizeram um cavalariano orgulhoso, mas um péssimo cavaleiro: ainda hoje insiste em querer montar pelo lado direito. Indie desde pequeninho, é mestre em gostar de bandas que ninguém nunca ouviu falar. Em razão do seu amor pelo róquenrou, tenta sem sucesso tocar instrumentos de cordas - violão, baixo, guitarra - mas sua incompetência não o deixa passar do meia-boca. Moço com grandes dotes culinários (só não morreu de inanição ainda por sua criatividade na cozinha), amante da boa-mesa - e de "forks" in the table - já até sentiu o sabor das nuvens. Com oito anos decidiu ser piloto de caça depois de ter visto Top Gun no cinema - desistiu aos 16 quando se deu conta que a Marinha não tinha caças e que milico ganha mal que só a porra. Hoje, graduado em Relações Internacionais pela UnB e mestrando em Comunicação na mesma, estuda para passar no Rio Branco, só porque gostou do cafezinho da Embaixada em Londres. Viciado em chocolate por falta crônica de sexo, vive dizendo que um alfajor de chocolate Havanna é quase tão bom quanto uma noitada com a Luana Piovani ou com a Jennifer Connoly. Eco-chato assumido, descobriu-se idealista depois de velho - dizem as más línguas que foi depois de ter finalmente entendido Kant, aquele mesmo que ele próprio passou a vida inteira malhando. Reza a lenda que seu idealismo é tão agudo que nunca vai deixar de acreditar em Papai Noel e na ONU. É um dos maiores acadêmicos de seu tempo, com 1,90m de altura, por isso mesmo preferindo as altas: "baixinha dá uma puta dor nas costas" reclama. Don Juan totalmente às avessas, "bigode" assumido, não tem muita afeição por gatos, a marxistas e a torcedores do Flamengo. Recebeu orgulhamente o diploma de cidadão honorário de Entre-Ijuís/RS, e já vislumbra o Nobel da Paz. Toma chimarrão regularmente, para curar bebedeira e manter a tradição. Sangue O positivo com muita testosterona, sofre de insônia, alergia a pó e falta de simancol. Escreve esse blog porque adora fazer uma graça - só não percebeu que a maior graça na vida dele é ser ele próprio.
blogs amigos Fotológuisson
soft cuca ![]()
sharp cuca about this blog *idiossincrasia (id). [Do grego idiossynkrasía: ídios, próprio + sykrasis, constituição, temperamento] S. f. 1. Disposição do temperamento do indivíduo, que o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos. 2. Maneira de ver, sentir, reagir, própria de cada pessoa. 3. Med. Sensibilidade anormal, peculiar a um indivíduo, a uma droga, proteína ou outro agente.Porque "Raridades & Idiossincrasias"? Não sei bem ao certo. Achei um título legal when it came out. Um título quase conceitual, eu diria. Sobre as "idiossincrasias", eu uso essa palavra sempre, mesmo soando meio intelectualóide demais pro meu gosto. No entanto, eu normalmente a uso com um sentido um pouco diferente do restrito léxico dos dicionários. Pra mim, essa "maneira de ver, sentir, reagir" se percebe nas menores coisas, aquele tipo de detalhe inerente à sua personalidade que nem mesmo as pessoas que melhor te conhecem poderiam notar. Aquelas pequenas manias, tipo Amélie Poulain, como fazer pedrinhas ricochetearem no canal ou enfiar a m?o num saco de tremoço (aliás, enfiar a mão num saco de qualquer cereal é fantástico!). Detalhes pequenos, mas muito importantes. Vitais! Essa é a idéia. Registrar estas pequenas raridades do dia-a-dia. Ou também as raridades que parecem grandes, mas que no final são igualmente pequenas. Isso faz parte do meu esforço de perceber a realidade ao redor com olhos mais clínicos, para poder enxergar a beleza dessas coisas. A manteiga derretendo no pãozinho quente, o cheiro fresco de grama molhada de chuva, essas coisas... Enjoy the experience! no baú
setembro 2004 Raridades v.1: out'02 a fev'03
Raridades v.2: out'03 a fev'04
Raridades v.3: mai'04 a set'04 - fora do ar devido aos idiotas da Globo.com
credits
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