:: Raridades ::
sexta-feira, dezembro 10, 2004

Sur o no sur?


Ao sul o céu é mais celeste

Todos tenemos un amor que nos complica la vida, já dizia musiquinha. Aqueles que chegam de mansinho e fazem a gente cair como um patinho before we can say Ushuaia.

Não, pequeno dândi... isso não foi um comentário de alguém apaixonado. Lejos, muy lejos. Disse isso apenas pra ilustrar que o filme aí de cima, Todas las azafatas van al cielo, é daqueles filmes que parecem bobinhos, daquelas comédias românticas tão ao gosto do sexo oposto, e tão a contragosto nosso. Pois é, só parece mesmo. O filme tem - e muito - conteúdo. Depois de Nove Rainhas e Lugares Comuns, mais um filme argentino que me toma de assalto, apesar dos momentos açucarados altamente dispensáveis. Nothing is perfect.

Me deixou com mais água na boca para realizar um sonho antigo: os confins ao sul do continente. Patagônia, Terra do Fogo, Malvinas/Falklands (porque não temos political issues nesse blogue)... quem sabe até dar um chego na Ilha Decepção e Península Antártica. Já pensou, eu no continente branco? É por isso que sonhar é bom, só de escrever aqui fiquei com cara de bobalhão. Ainda mais quando lembrei da Ingrid Rubio dançando na passarela de quepe. Chicks in fancy uniforms... I reeeeeealy like it. E prestem atenção, se forem ver, a alguns detalhes: o nome do aeroporto, os pensamentos sobre o significado da cor branca. Me ganhou.

Mais uma recomendação cinéfila do Raridades. Use e abuse. E depois, escute o disco do Kevin Johansen, nas dicas aí do lado. E responda: sur o no sur? Se a resposta for boa, manda pro Lula lá em Cuzco.

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Falando nos argentinos... vocês ficaram sabendo da fragata brasileira que foi atingida sem querer por um tiro de um navio argentino num exercício conjunto semana passada? Pois é. Foi fogo amigo. Ou melhor... fogo "muy amigo"... hahahahahahahah

Sacou hein? Fogo amigo? Fogo "muy amigo"? Hein? Hein?

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As últimas 24 horas foram bem intensas. Uma noite virada - e muitíssimo produtiva - em cima dos meus papiros para o projeto do mestrado. Dormir, duas horas e meia. Comer, só no almoço, às 5 e meia da tarde. Ajeita documento, tira cópia, imprime capa, paga taxa, filas, encaderna. Uma correria do caralho.

No fim, acho que valeu a pena. Uma brincadeirinha cara, mas que tem a capacidade de mobilizar minhas forças de maneira sobrenatural.

Nem que seja por amor às causas perdidas. Muito prazer, meu nome é esperto.

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Ao som de Drop Dead Gorgeous do Republica, e de Dom Quixote, do acústico EngHaw. Anoiteceu em Brasília, estou cansado, mas hey... sempre dá pra mais uma esticadinha. Fui!


RAFA @ 20:07 tic-tac-tic-tac