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domingo, janeiro 16, 2005
Badges de escoteiro, Orkut, e pequenas tragédias
O Raridades deu a idéia, o Orkut aproveitou melhor. Afinal, porque as pessoas entram em tantas comunidades? Comunidades essas que, na maioria das vezes, nunca vão receber nenhum post delas, nem serem checadas com tanta freqüência pelo que foi postado... Pra muita gente entrar nas comunidades do Orkut é quase como manter uma manta de badges de escoteiro. É a linguagem pela qual elas podem mostrar suas pequenas idiossincrasias - as inúteis e vitais idiossincrasias. Que mais faria uma pessoa comentar com tanto orgulho que está na comunidade "pamonha salgada não presta"? Adoro muito tudo isso. Poucas coisas me fazem tão feliz como ver pessoas abdicando de suas máscaras sociais e tentando mostrar sua verdadeira identidade. Aquilo que é só delas, como impressão digital, caligrafia ou maneira de trepar. Único. Talvez essa minha felicidade seja uma idiossincrasia em si, mas tenho certeza que não é só minha. People-watching é com certeza um esporte muito popular - e o BBB que o diga. Cheguei à conclusão que entro em uma comunidade nova no Orkut a cada vez que acesso. E então, tive uma idéia melhor: em vez de ter um zilhão de comunidades só para ter o selinho mostrando no meu perfil, vou começar a comentar as coisas que vejo lá por aqui. Assim terei muito assunto pra tratar a partir de agora. * * * E para estrear, a primeira é: Eu odeio o Romário. Aliás, acho que odeio todos os baixinhos invocados e desbocados. Talvez por ser alto e tímido - sim, irremediavelmente tímido - tenho uma antipatia natural e congênita por eles. Cês viram o que o tamborete falou do Pelé? Caralho. Quem tinha que botar um sapato na boca é ele mesmo, Romário, que só abre a boca pra falar merda e fazer auto-promoção. * * * I've been swimming in the sea of anarchy I've been living on Miojo and nicotine I've been wondering if all the things I've seen were ever real Ever really happening... * * * Magnanimidade tem limites, a minha principalmente. Bêbado, não pude resistir e falei a verdade. Talvez o sistema ético no qual estamos inseridos não aceite bem isso, mas o fato é que isso acontece. E uma hora a gente cansa de simplesmente resistir e lidar com os fatos. Não que isso cause revolta ou acessos de puteza, mas cansa - e muito. * * * Quem inventou a paixão, explica por favor? Estava lembrando ontem da minha "conversa" com o Renato Russo. Nem gosto da referenciada música, mas perguntaria-o com certeza se o encontrasse em outro plano de consciência. Quem foi que inventou tudo isso? Dá pra explicar? Porque eu mesmo não entendo. Poderia escrever odes e odes sobre vestidos esvoaçantes, girando como a minha cabeça. Non. Aprendi a duvidar. Não vai dar. Paixões passam, e essa,como muitas d'antes, também há de passar. Melhor assim. Uma coisa é certa: como diz uma amiga, não se ama com o coração. Ama-se com o corpo inteiro. Cada célula, todo fio de cabelo. Falando assim, parece exagero, não? It's not. Isso se chama "viver com intensidade". RAFA @ 14:31 tic-tac-tic-tac
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mirror, mirror
na vitrola
bio Brasileiro da gema, viajante do mundo por natureza. Sagitariano cuspido e escarrado, com ascendente em Aquário, seja lá o que isso for. Odeia sopas e caldos mais do que tudo no mundo, seguido de perto por cinismo. Nascido na Ilha do Leite, na cidade do Recife, criado na Urca e em muitos quartéis Brasil afora, foi enrolado por sua mãe na bandeira do Sport quando nasceu, mas ama mesmo é o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas. Afinal, amor que é amor tem que doer, e torcer pra time que só ganha é chato demais. Gosta de sentir a brisa da praia no rosto, do bobó de camarão de Dona Susana, e de frutos do mar em geral. Seus tempos de Colégio Militar no Rio o fizeram um cavalariano orgulhoso, mas um péssimo cavaleiro: ainda hoje insiste em querer montar pelo lado direito. Indie desde pequeninho, é mestre em gostar de bandas que ninguém nunca ouviu falar. Em razão do seu amor pelo róquenrou, tenta sem sucesso tocar instrumentos de cordas - violão, baixo, guitarra - mas sua incompetência não o deixa passar do meia-boca. Moço com grandes dotes culinários (só não morreu de inanição ainda por sua criatividade na cozinha), amante da boa-mesa - e de "forks" in the table - já até sentiu o sabor das nuvens. Com oito anos decidiu ser piloto de caça depois de ter visto Top Gun no cinema - desistiu aos 16 quando se deu conta que a Marinha não tinha caças e que milico ganha mal que só a porra. Hoje, graduado em Relações Internacionais pela UnB e mestrando em Comunicação na mesma, estuda para passar no Rio Branco, só porque gostou do cafezinho da Embaixada em Londres. Viciado em chocolate por falta crônica de sexo, vive dizendo que um alfajor de chocolate Havanna é quase tão bom quanto uma noitada com a Luana Piovani ou com a Jennifer Connoly. Eco-chato assumido, descobriu-se idealista depois de velho - dizem as más línguas que foi depois de ter finalmente entendido Kant, aquele mesmo que ele próprio passou a vida inteira malhando. Reza a lenda que seu idealismo é tão agudo que nunca vai deixar de acreditar em Papai Noel e na ONU. É um dos maiores acadêmicos de seu tempo, com 1,90m de altura, por isso mesmo preferindo as altas: "baixinha dá uma puta dor nas costas" reclama. Don Juan totalmente às avessas, "bigode" assumido, não tem muita afeição por gatos, a marxistas e a torcedores do Flamengo. Recebeu orgulhamente o diploma de cidadão honorário de Entre-Ijuís/RS, e já vislumbra o Nobel da Paz. Toma chimarrão regularmente, para curar bebedeira e manter a tradição. Sangue O positivo com muita testosterona, sofre de insônia, alergia a pó e falta de simancol. Escreve esse blog porque adora fazer uma graça - só não percebeu que a maior graça na vida dele é ser ele próprio.
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soft cuca ![]()
sharp cuca about this blog *idiossincrasia (id). [Do grego idiossynkrasía: ídios, próprio + sykrasis, constituição, temperamento] S. f. 1. Disposição do temperamento do indivíduo, que o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos. 2. Maneira de ver, sentir, reagir, própria de cada pessoa. 3. Med. Sensibilidade anormal, peculiar a um indivíduo, a uma droga, proteína ou outro agente.Porque "Raridades & Idiossincrasias"? Não sei bem ao certo. Achei um título legal when it came out. Um título quase conceitual, eu diria. Sobre as "idiossincrasias", eu uso essa palavra sempre, mesmo soando meio intelectualóide demais pro meu gosto. No entanto, eu normalmente a uso com um sentido um pouco diferente do restrito léxico dos dicionários. Pra mim, essa "maneira de ver, sentir, reagir" se percebe nas menores coisas, aquele tipo de detalhe inerente à sua personalidade que nem mesmo as pessoas que melhor te conhecem poderiam notar. Aquelas pequenas manias, tipo Amélie Poulain, como fazer pedrinhas ricochetearem no canal ou enfiar a m?o num saco de tremoço (aliás, enfiar a mão num saco de qualquer cereal é fantástico!). Detalhes pequenos, mas muito importantes. Vitais! Essa é a idéia. Registrar estas pequenas raridades do dia-a-dia. Ou também as raridades que parecem grandes, mas que no final são igualmente pequenas. Isso faz parte do meu esforço de perceber a realidade ao redor com olhos mais clínicos, para poder enxergar a beleza dessas coisas. A manteiga derretendo no pãozinho quente, o cheiro fresco de grama molhada de chuva, essas coisas... Enjoy the experience! no baú
setembro 2004 Raridades v.1: out'02 a fev'03
Raridades v.2: out'03 a fev'04
Raridades v.3: mai'04 a set'04 - fora do ar devido aos idiotas da Globo.com
credits
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