:: Raridades ::
domingo, janeiro 16, 2005

Badges de escoteiro, Orkut, e pequenas tragédias

O Raridades deu a idéia, o Orkut aproveitou melhor. Afinal, porque as pessoas entram em tantas comunidades? Comunidades essas que, na maioria das vezes, nunca vão receber nenhum post delas, nem serem checadas com tanta freqüência pelo que foi postado...

Pra muita gente entrar nas comunidades do Orkut é quase como manter uma manta de badges de escoteiro. É a linguagem pela qual elas podem mostrar suas pequenas idiossincrasias - as inúteis e vitais idiossincrasias. Que mais faria uma pessoa comentar com tanto orgulho que está na comunidade "pamonha salgada não presta"?

Adoro muito tudo isso. Poucas coisas me fazem tão feliz como ver pessoas abdicando de suas máscaras sociais e tentando mostrar sua verdadeira identidade. Aquilo que é só delas, como impressão digital, caligrafia ou maneira de trepar. Único. Talvez essa minha felicidade seja uma idiossincrasia em si, mas tenho certeza que não é só minha. People-watching é com certeza um esporte muito popular - e o BBB que o diga.

Cheguei à conclusão que entro em uma comunidade nova no Orkut a cada vez que acesso. E então, tive uma idéia melhor: em vez de ter um zilhão de comunidades só para ter o selinho mostrando no meu perfil, vou começar a comentar as coisas que vejo lá por aqui. Assim terei muito assunto pra tratar a partir de agora.

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E para estrear, a primeira é: Eu odeio o Romário.

Aliás, acho que odeio todos os baixinhos invocados e desbocados. Talvez por ser alto e tímido - sim, irremediavelmente tímido - tenho uma antipatia natural e congênita por eles. Cês viram o que o tamborete falou do Pelé? Caralho. Quem tinha que botar um sapato na boca é ele mesmo, Romário, que só abre a boca pra falar merda e fazer auto-promoção.

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I've been swimming in the sea of anarchy
I've been living on Miojo and nicotine
I've been wondering if all the things I've seen were ever real
Ever really happening...

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Magnanimidade tem limites, a minha principalmente. Bêbado, não pude resistir e falei a verdade. Talvez o sistema ético no qual estamos inseridos não aceite bem isso, mas o fato é que isso acontece. E uma hora a gente cansa de simplesmente resistir e lidar com os fatos. Não que isso cause revolta ou acessos de puteza, mas cansa - e muito.

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Quem inventou a paixão, explica por favor? Estava lembrando ontem da minha "conversa" com o Renato Russo. Nem gosto da referenciada música, mas perguntaria-o com certeza se o encontrasse em outro plano de consciência. Quem foi que inventou tudo isso? Dá pra explicar? Porque eu mesmo não entendo.

Poderia escrever odes e odes sobre vestidos esvoaçantes, girando como a minha cabeça. Non. Aprendi a duvidar. Não vai dar. Paixões passam, e essa,como muitas d'antes, também há de passar. Melhor assim.

Uma coisa é certa: como diz uma amiga, não se ama com o coração. Ama-se com o corpo inteiro. Cada célula, todo fio de cabelo. Falando assim, parece exagero, não? It's not. Isso se chama "viver com intensidade".



RAFA @ 14:31 tic-tac-tic-tac