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sexta-feira, junho 10, 2005
Oração(ou: A Diós Le Pido) Grande Fodão, que estás nos céus... dá me uma mulher. Que ela seja de qualquer cor ou raça - morena, loira, negra, japoneuza, tanto faz. Só peço piedade com minhas pobres costas. E como Você sabe, eu sempre gostei de estar nas alturas. Que seja de qualquer religião, desde que não seja xiita. E Você sabe bem o que quero dizer com "xiita"... Que ela seja naturalmente linda, o que é tão raro hoje em dia e nesta cidade. Que seja gostosa e boa de cama, afinal me destes cromossomos diferentes, e não sei desejar de forma diversa. Que ela seja inteligente, mas que tenha, sobretudo, virtude de espírito. Que saiba humildemente ensinar-me nos assuntos em que ela detiver a primazia, e que saiba admirar-me quando o assunto for meu. Que seja mestra e discípula, ídolo e fã. Que ela sofra de ninfomania aguda, e que queira todo dia, mais de uma vez por dia. Mas que ela não seja, de maneira nenhuma, vagabunda, piranha, cadela, ou outros adjetivos que reservo às que banalizam o ato do amor com a promiscuidade. Que não seja virgem, mas que faça com que eu sinta que sou sempre o primeiro. Em qualquer coisa, vá lá. Que ela faça os elétrons da minha pele saltar - e que eu tenha efeito semelhante nela - sem que eu tenha a sensação de que ela, tal como um grande canhão de partículas alfa, anda bombardeando o espectro ao léu e arrancando elétrons de toda a metade masculina da cidade. Que não seja deslumbradinha, nem hipócrita. Que tenha a mente aberta de verdade, sem preconceitos, e que como eu, só tenha um dogma: não ter nenhum dogma. Que minha mãe goste dela, pra não dar zica. E que adore me dar mimos, pois nunca vou deixar de ter oito anos. Enfim, que eu possa realmente orgulhar-me dela. Que ela ame e se deixe amar, e que possamos ser bem felizes por algum tempo. E se um dia precisarmos dar fim a nosso caso, que ela tenha a serenidade para encarar o inevitável de maneira tranqüila e madura. Como diria o grande filósofo Samuel Rosa (!), "sem perder a cabeça, sem perder a amizade". E como és o Grande Fodão do universo, com seu todo-poderoso diâmetro igual à expansão do Big Bang, sinta-se livre para fazer as alterações que acher melhor para esta humilde cria. Afinal, se és mesmo o senhor de meu destino (sem alusões a novelas), Você deve saber o que está fazendo. Améeeeeem! (ao som de God gave me everything I want, Mick Jagger e Lenny Kravitz - dupla de milhagem invejável...) * * * RAFA @ 18:39 tic-tac-tic-tac
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mirror, mirror
na vitrola
bio Brasileiro da gema, viajante do mundo por natureza. Sagitariano cuspido e escarrado, com ascendente em Aquário, seja lá o que isso for. Odeia sopas e caldos mais do que tudo no mundo, seguido de perto por cinismo. Nascido na Ilha do Leite, na cidade do Recife, criado na Urca e em muitos quartéis Brasil afora, foi enrolado por sua mãe na bandeira do Sport quando nasceu, mas ama mesmo é o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas. Afinal, amor que é amor tem que doer, e torcer pra time que só ganha é chato demais. Gosta de sentir a brisa da praia no rosto, do bobó de camarão de Dona Susana, e de frutos do mar em geral. Seus tempos de Colégio Militar no Rio o fizeram um cavalariano orgulhoso, mas um péssimo cavaleiro: ainda hoje insiste em querer montar pelo lado direito. Indie desde pequeninho, é mestre em gostar de bandas que ninguém nunca ouviu falar. Em razão do seu amor pelo róquenrou, tenta sem sucesso tocar instrumentos de cordas - violão, baixo, guitarra - mas sua incompetência não o deixa passar do meia-boca. Moço com grandes dotes culinários (só não morreu de inanição ainda por sua criatividade na cozinha), amante da boa-mesa - e de "forks" in the table - já até sentiu o sabor das nuvens. Com oito anos decidiu ser piloto de caça depois de ter visto Top Gun no cinema - desistiu aos 16 quando se deu conta que a Marinha não tinha caças e que milico ganha mal que só a porra. Hoje, graduado em Relações Internacionais pela UnB e mestrando em Comunicação na mesma, estuda para passar no Rio Branco, só porque gostou do cafezinho da Embaixada em Londres. Viciado em chocolate por falta crônica de sexo, vive dizendo que um alfajor de chocolate Havanna é quase tão bom quanto uma noitada com a Luana Piovani ou com a Jennifer Connoly. Eco-chato assumido, descobriu-se idealista depois de velho - dizem as más línguas que foi depois de ter finalmente entendido Kant, aquele mesmo que ele próprio passou a vida inteira malhando. Reza a lenda que seu idealismo é tão agudo que nunca vai deixar de acreditar em Papai Noel e na ONU. É um dos maiores acadêmicos de seu tempo, com 1,90m de altura, por isso mesmo preferindo as altas: "baixinha dá uma puta dor nas costas" reclama. Don Juan totalmente às avessas, "bigode" assumido, não tem muita afeição por gatos, a marxistas e a torcedores do Flamengo. Recebeu orgulhamente o diploma de cidadão honorário de Entre-Ijuís/RS, e já vislumbra o Nobel da Paz. Toma chimarrão regularmente, para curar bebedeira e manter a tradição. Sangue O positivo com muita testosterona, sofre de insônia, alergia a pó e falta de simancol. Escreve esse blog porque adora fazer uma graça - só não percebeu que a maior graça na vida dele é ser ele próprio.
blogs amigos Fotológuisson
soft cuca ![]()
sharp cuca about this blog *idiossincrasia (id). [Do grego idiossynkrasía: ídios, próprio + sykrasis, constituição, temperamento] S. f. 1. Disposição do temperamento do indivíduo, que o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos. 2. Maneira de ver, sentir, reagir, própria de cada pessoa. 3. Med. Sensibilidade anormal, peculiar a um indivíduo, a uma droga, proteína ou outro agente.Porque "Raridades & Idiossincrasias"? Não sei bem ao certo. Achei um título legal when it came out. Um título quase conceitual, eu diria. Sobre as "idiossincrasias", eu uso essa palavra sempre, mesmo soando meio intelectualóide demais pro meu gosto. No entanto, eu normalmente a uso com um sentido um pouco diferente do restrito léxico dos dicionários. Pra mim, essa "maneira de ver, sentir, reagir" se percebe nas menores coisas, aquele tipo de detalhe inerente à sua personalidade que nem mesmo as pessoas que melhor te conhecem poderiam notar. Aquelas pequenas manias, tipo Amélie Poulain, como fazer pedrinhas ricochetearem no canal ou enfiar a m?o num saco de tremoço (aliás, enfiar a mão num saco de qualquer cereal é fantástico!). Detalhes pequenos, mas muito importantes. Vitais! Essa é a idéia. Registrar estas pequenas raridades do dia-a-dia. Ou também as raridades que parecem grandes, mas que no final são igualmente pequenas. Isso faz parte do meu esforço de perceber a realidade ao redor com olhos mais clínicos, para poder enxergar a beleza dessas coisas. A manteiga derretendo no pãozinho quente, o cheiro fresco de grama molhada de chuva, essas coisas... Enjoy the experience! no baú
setembro 2004 Raridades v.1: out'02 a fev'03
Raridades v.2: out'03 a fev'04
Raridades v.3: mai'04 a set'04 - fora do ar devido aos idiotas da Globo.com
credits
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