segunda-feira, setembro 26, 2005
ConvitónJá tem quase um mês que eu, Rafa "El Mago" Rodríguez, e Lelê "El Conejo" Herrera estamos de casa nova. E como não poderia deixar de ser, ca-laro que faremos uma open house para celebrar o feito. Será na sexta-feira, dia 30. Mas quem quiser comemorar a chegada da chuva no cerradón ou se adiantar pro Rosh Hashaná, também estará in order. A nossa curta estadia já nos mostrou que a vizinhança é *deveras* sensível ao barulho. E como nóis não se faz de rogado, optamos por um esquema, digamos, "híbrido". Faremos o esquenta aqui em casa começando mais cedo com biritas e petiscos, e às 10 horas, mais ou menos "no grau", vamos para o Chili Pepper, restaurante/bar mexicano daóra, que fica a menos de 200 metros de casa e que já está com o andar de cima todinho reservado para nosotros. O bom é que lá, além de não incomodar a nossa mui nobre vizinhança, teremos tequilas, margaritas e um buffet completo de tacos, nachos, chimichangas eoutras dilíças mexicanas, sem hora para fechar - o que, convenhamos, é muito bom numa cidade onde os bares fecham às 2 da manhã, não é mesmo? Só que temos um favor a pedir: pra justificar a reserva, pelo menos vinte pessoas precisam confirmar que vão querer o buffet. Eu mesmo já fui e *recomêindo*. E é só 14 legais e 50 cents, tudo liberado, except for drinks and desserts. Então meus queridos, pretty please, with sugar on top: quem for querer comer lá manda um i-mêio pra mim confirmando, belesma? Dói nada não, e ajuda o rafito aqui. Entón estamos combinados. Quem quiser passar pra conhecer o apê e tomar umas depois do trampo da semana, apareça na SQS 416, Bloco "O" Ap 307 - na pontinha sul, quase Ushuaia. Seis e meia já tamo lá. Não passa em casa pra trocar de roupa não: vai direto que é melhor. E aí, às 10 badaladas, enxotaremos a todos do recinto e vamos todos para o esquema tequilas-nachos-barulho. Não esqueçam de me mandar um i-mêio confirmando a comida. Afinal, ainda temos que explorar uns ilegais merricanos pra fazer os petiscos. Quem tomar mais de cinco tequilas concorre a uma noitada com o Ricky Martin ou com a Thalia. Y la garantía soy yo. Un abrazón y un beijón, Rafa PS: as primeiras rodadas de ceva e caipiras aqui em casa são por nossa conta... mas tragam bebida se não quiserem que falte! No Chili Pepper o esquema é comanda individual. Nada de problemas com conta, portanto. E se alguém quiser presentear a gente com copos de vidro, abridor de latas, saca-rolhas e outras utilidades domésticas, a gente jura que não fica chateado! Tá faltando tudo aqui! O telefone novo: 3345-8252. No Escáipe, "elmagorafa". E pra quem não passa sem tirar onda da minha cara, community "Conheço a malemolência do Rafa" - http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=4607381 RAFA @ 23:47 tic-tac-tic-tac
quinta-feira, setembro 08, 2005
IndependênciaSete de setembro, dia simbólico esse. Ontem celebrei minha independência. Sem pactos nem guerras com a metrópole, tampouco sem o pagamento de milhões de libras esterlinas, como nossa querida pátria auriverde. Na verdade, as libras esterlinas do meu já minguado salário de civil servant deste mês - e de muitos próximos, ao que parece - vão para o pagamento da geladeira, filtro de água, modem adsl, móveis, lâmpadas, e muitas outras coisas que nós, meninos de classe média-alta bem alimentados e irremediavelmente burgueses, take for granted at our mummies & daddies´. Estou feliz. Mesmo com a falta natural que meus pais me farão nesses primeiros meses, acho que essa estória de administrar minha própria vida de maneira total e irrestrita representará um ganho de qualidade de vida bastante sensível. Mais ou menos como London´99 ou Brasília'00. As experiências anteriores são um bom precedente. Cheguei a ficar puto com as oportunidades que perdi de concretizar este plano neste ano. Fatores externos, sempre. Serviram-me de três coisas: perceber que o mundo lá fora é uma selva bem pior do que a nossa pior previsão de cenário, que alguns "amigos" nem sempre estão lá muito preocupados com o seu estado de coisas, e que o Grande Fodão, ou seja lá qual força cósmica responda por essa alegoria, é bem mais forte e presente do que a nossa mundana compreensão. Enfim, celebremos. Se conseguirmos deixar o apê minimamente transitável até o findi, faremos uma prévia da inauguração oficial com uma cervejinha e petiscos. Se não, aguardem e confiem. (Em tempo, o primeiro que fizer piadinha com a música do Latino estará sumariamente desconvidado. Que fique claro.) * * * O´Rilley (Ôu-Wrái-Lii), 409 sul. Abriu faz doze noites, três delas com a minha presença. Já vi que vou virar habituée, ou em boa gíria de pub, um "local". Ainda mais porque foi o único lugar que eu tenha ido até hoje no Brasil em que eu pedi um pint "flat" e fui totalmente compreendido. Sem necessidade de segundas ou terceiras explicações. Um dos sócios chegou a me cumprimentar anteontem. Estava dando as referências a um amigo por telefone, e quando desliguei ele chegou dizendo "Parabéns, você é o primeiro cliente que pronuncia certo o nome do lugar". Cheers, pal. Sem hipocrisia nem falsa modéstia, é sempre bom se sentir o primeiro da classe, mesmo que seja por demérito dos outros. Os outros sócios, pelo que sei, são nada menos que Bi "Paralamas" Ribeiro e Aloísio "Stadt Bier" Pádua. Já vi os dois por lá, muito atenciosos e, no caso do Bi, sem a menor frescura de bater papo com os fãs. Eu mesmo quase disparei uma do tipo "então, não quer me vender um dos seus baixos Fender não?". Com a abertura da Stadt, da Brauhaus (recomendada pelo bróder Claudión) e agora com o O´Rilleys, Brasília se rendeu ao charme da cerveja chique. Não posso me fazer de rogado em dizer que há muito tempo já tinha aderido. Desde as happy hours na Embaixada Britânica e no Armazém do Brás, ainda no início da graduação, até as últimas viagens de sabor com Pedrón, Ju e Davi. Ah, já ia esquecendo, meu gastro havia me proibido de tomar cerveja. So what? Não vou ficar sem a cangibrina, de jeito nenhum. E se não posso tomar muito, pelo menos tomo com estilo, pra fazer cada gole valer a pena. Life is too short for cheap booze, certo? O Ôu-Wrái-Lii já está recomendadíssimo aos amigos. Decoração temática impecável (tem até uma camisa do Glasgow Celtic!), gente bonita, nada de garotada (digo, bombados-de-regatchenha e pirigas teen de todas as espécies), dardos, boa cerveja e róquenrou de primeira. Pra melhorar, só precisa mandar vir mais da nossa água de hooligan, a boa e velha Newcastle Brown (tava no cardápio, mas tive que ouvir um sonoro "tem mas acabou"), e alguma irlandesa da boa, como a Caffrey´s, a dourada, da latinha pressurizada, claro. * * * Mais cerva chique: a Bohemia Confraria é ótima mesmo. Sim, aquela mesma da propaganda com o Olivier Anquier, da receita dos frades belgas, 8 pilas por meio litro no supermercado. Ontem fizemos uma degustação, quatro pessoas, quatro garrafas, comidinhas "turcas" e papos sobre a coruja do Harry Potter e a amante apócrifa de Pedro II. É, eu adoro ter amigos inteligentes e bem-humorados. Obviamente, mais ainda quando estão ébrios. * * * Por último, o nome da república. O mais óbvio é Jurrelsic Park, sendo eu e Lelê dois dinossauros não-fossilizados da Éfe-a. Mas ontem o Marquês veio com o nome "Ushuaia", por estar na ponta sul de tudo. Eu gostei. Acho que ficam os dois. * * * Ao som de Libertines, Blur, Cansei de Ser Sexy, Pato Fu e Ludov. E ontem teve a estréia da Tainá em estúdio. Esta Epiphone SG é realmente boa. Já o tocador... * * * Esse ano não vou ao BMF. Faço prova no fim-de-semana. Mas podia ser em protesto. Acho que só pagaria pra ver o Paul van Dyk mesmo. E pagaria até mais, só pra lembrar aquela primavera londrina em 99, em que eu ouvia For an Angel em todas as festas. Ainda é a melhor trilha sonora que já inventaram para trepar. Nem fazer amor, nem sexo. Trepar mesmo. * * * RAFA @ 16:25 tic-tac-tic-tac
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mirror, mirror
na vitrola
bio Brasileiro da gema, viajante do mundo por natureza. Sagitariano cuspido e escarrado, com ascendente em Aquário, seja lá o que isso for. Odeia sopas e caldos mais do que tudo no mundo, seguido de perto por cinismo. Nascido na Ilha do Leite, na cidade do Recife, criado na Urca e em muitos quartéis Brasil afora, foi enrolado por sua mãe na bandeira do Sport quando nasceu, mas ama mesmo é o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas. Afinal, amor que é amor tem que doer, e torcer pra time que só ganha é chato demais. Gosta de sentir a brisa da praia no rosto, do bobó de camarão de Dona Susana, e de frutos do mar em geral. Seus tempos de Colégio Militar no Rio o fizeram um cavalariano orgulhoso, mas um péssimo cavaleiro: ainda hoje insiste em querer montar pelo lado direito. Indie desde pequeninho, é mestre em gostar de bandas que ninguém nunca ouviu falar. Em razão do seu amor pelo róquenrou, tenta sem sucesso tocar instrumentos de cordas - violão, baixo, guitarra - mas sua incompetência não o deixa passar do meia-boca. Moço com grandes dotes culinários (só não morreu de inanição ainda por sua criatividade na cozinha), amante da boa-mesa - e de "forks" in the table - já até sentiu o sabor das nuvens. Com oito anos decidiu ser piloto de caça depois de ter visto Top Gun no cinema - desistiu aos 16 quando se deu conta que a Marinha não tinha caças e que milico ganha mal que só a porra. Hoje, graduado em Relações Internacionais pela UnB e mestrando em Comunicação na mesma, estuda para passar no Rio Branco, só porque gostou do cafezinho da Embaixada em Londres. Viciado em chocolate por falta crônica de sexo, vive dizendo que um alfajor de chocolate Havanna é quase tão bom quanto uma noitada com a Luana Piovani ou com a Jennifer Connoly. Eco-chato assumido, descobriu-se idealista depois de velho - dizem as más línguas que foi depois de ter finalmente entendido Kant, aquele mesmo que ele próprio passou a vida inteira malhando. Reza a lenda que seu idealismo é tão agudo que nunca vai deixar de acreditar em Papai Noel e na ONU. É um dos maiores acadêmicos de seu tempo, com 1,90m de altura, por isso mesmo preferindo as altas: "baixinha dá uma puta dor nas costas" reclama. Don Juan totalmente às avessas, "bigode" assumido, não tem muita afeição por gatos, a marxistas e a torcedores do Flamengo. Recebeu orgulhamente o diploma de cidadão honorário de Entre-Ijuís/RS, e já vislumbra o Nobel da Paz. Toma chimarrão regularmente, para curar bebedeira e manter a tradição. Sangue O positivo com muita testosterona, sofre de insônia, alergia a pó e falta de simancol. Escreve esse blog porque adora fazer uma graça - só não percebeu que a maior graça na vida dele é ser ele próprio.
blogs amigos Fotológuisson
soft cuca
sharp cuca about this blog *idiossincrasia (id). [Do grego idiossynkrasía: ídios, próprio + sykrasis, constituição, temperamento] S. f. 1. Disposição do temperamento do indivíduo, que o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos. 2. Maneira de ver, sentir, reagir, própria de cada pessoa. 3. Med. Sensibilidade anormal, peculiar a um indivíduo, a uma droga, proteína ou outro agente.Porque "Raridades & Idiossincrasias"? Não sei bem ao certo. Achei um título legal when it came out. Um título quase conceitual, eu diria. Sobre as "idiossincrasias", eu uso essa palavra sempre, mesmo soando meio intelectualóide demais pro meu gosto. No entanto, eu normalmente a uso com um sentido um pouco diferente do restrito léxico dos dicionários. Pra mim, essa "maneira de ver, sentir, reagir" se percebe nas menores coisas, aquele tipo de detalhe inerente à sua personalidade que nem mesmo as pessoas que melhor te conhecem poderiam notar. Aquelas pequenas manias, tipo Amélie Poulain, como fazer pedrinhas ricochetearem no canal ou enfiar a m?o num saco de tremoço (aliás, enfiar a mão num saco de qualquer cereal é fantástico!). Detalhes pequenos, mas muito importantes. Vitais! Essa é a idéia. Registrar estas pequenas raridades do dia-a-dia. Ou também as raridades que parecem grandes, mas que no final são igualmente pequenas. Isso faz parte do meu esforço de perceber a realidade ao redor com olhos mais clínicos, para poder enxergar a beleza dessas coisas. A manteiga derretendo no pãozinho quente, o cheiro fresco de grama molhada de chuva, essas coisas... Enjoy the experience! no baú
setembro 2004 Raridades v.1: out'02 a fev'03
Raridades v.2: out'03 a fev'04
Raridades v.3: mai'04 a set'04 - fora do ar devido aos idiotas da Globo.com
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