:: Raridades ::
sábado, dezembro 31, 2005

Esses dias no Recife foram ótimos. Além das cuecas, celular e papos com velhos amigos, deu pra ganhar fôlego para o infernal mês de janeiro que se desenha no mapa. Fora que hoje de manhã saiu o edital para aquele concurso que todos nós já conhecemos bem. Tenho 40 dias para ser um dos 105. E que o altíssimo esteja com todos em mais uma nerve-wrecking quarantine de começo de ano.

Amanhã vou pra Maragogi, onde a água é limpinha, não há muitos seres humanos, a areia é branquinha e celulares da TIM não funcionam direito. Internet? Ha ha ha.

Haverei de passar o ano-novo frugalmente. Meu plano é: darei um beijo nos meus familiares depois da meia-noite, tomarei algumas taças do prosecco que eu adoro para libertar as últimas amarras, e sairei pela praia caminhando sozinho e sem destino; eu, minha camiseta branca, minha calça velha de sarja e meu par de papeetes. Pode ser que eu medite a noite inteira sobre a vida, as grandes questões filosóficas da humanidade ou simplesmente pense sobre a morte da bezerra, como se diz por aqui. Pode ser que eu entre de penetra na festa de reveillon de um dos 5 estrelas do lugar, dance e beba alucinadamente, e saia acompanhado de uma bela loura de Mônaco que ali conhecerei. Pode ser que eu decida papear com algum pescador, morador, primo, ou simplesmente as maria-farinhas ou os peixinhos coloridos. Pode ser que eu durma na praia. Pode ser que eu trepe na praia. Pode ser que esteja chovendo e eu busque abrigo de um coqueiro. Pode ser que eu conte estrelas no céu lembrando de alguém, me meta a tocar violão ou entre num ritual pagão em honra a iemanjá ou a deuses celtas. Pode ser uma caralhada de coisas. Pode ser. Simplesmente pode ser.

Meus únicos compromissos para a noite de reveillon são 1) ter a cabeça e a agenda totalmente abertas a coisas novas, 2) não me preocupar com absolutamente mais ninguém a não ser eu mesmo, e 3) ter uma noite memorável e do caralho, pra trazer boas vibrações, bem como foi a última festa de reveillon com meus nobres e queridos amigos na casa do Miguelito, na longínqua Cataguases.

E porque? Porque sozinho e livre eu vim ao mundo, e assim será meu ano-novo. Nada de perfume e gel no cabelo. A camiseta e a areia da praia serão o reflexo de uma folha de papel ofício, brancas e em branco, prontas para um mar de possibilidades. Porque finalmente estou livre. Não amo ninguém, não quero ninguém, não sei quem eu sou nem pra onde vou, muito menos o que quero. Deixarei o Grande Arquiteto e a vida me levarem de acordo com a direção do vento, com as velas abertas e bússola na mão. Vida leva eu.

Me leva, porque serei feliz em 2006, não importa que vento sopre, que catástrofe aconteça, se vou pegar a mocinha no final ou ser o bandido de hálito ruim e pensamentos nefastos para dominação mundial. No fim, não tô interessado em metas. Quero um caminhar tranquilo, com paz, saúde e sem preocupação com dinheiro, com amigos pra me acompanhar no dia-a-dia e gente pra fuder na minha cama. Quero alguém pra amar também, mas só se me amar de volta, e só se for de verdade. Mas quem sabe o que virá? O futuro tem por ofício ser incerto. E estarei pronto para as incertezas, boas e ruins, desde o primeiro instante, since day one. Feliz, e indo pra frente.

Para os amigos que ainda lêem isso aqui, um ótimo reveillon, e que possamos estar juntos esse ano. Esteejam comigo em espírito, hoje e sempre. Dia 2 volto à capital federal, com a pele descascando e areia da praia embaixo da unha. Beijos, abraços e Força Sempre!

* * *

RAFA @ 04:06 tic-tac-tic-tac

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Recife

O Recife acordou, deu bom dia e encontrou
todo o povo nas ruas, nas pontes, nas praças, se amando
se encontrando com alegria num eterno gingado
de frevo, ciranda e baião
batida de côco, maracujá e limão
vem vem vem fazer parte desse cordão
Recife tem um lugar pra você dentro do coração

* * *

Ok, a cidade não está mais onde a deixei, dois anos atrás. A pintura da Torre Malakoff não foi retocada, e o movimento da Rua do Bom Jesus no Recife Antigo caiu bastante. Os problemas de violência e de limpeza urbana parecem ter se agravado, mas o que mais me chocou mesmo foi a falta de modos "média" das pessoas, uma mistura de frenesi bárbaro à la hormônios de sétima série com um estado de alerta permanente. Isso faz com que o ruído ambiente dos bares seja insuportavelmente alto pra mim, um neocandango já acostumado com a apatia (?) civilizada da Corte. Fui ao shopping Recife esses dias de madrugada, num desses rallys de vendas de fim-de-ano, e fiquei embasbacado com a gritaria das pessoas na praça de alimentação - aquelas gritarias flash que rolam na sétima série, quando alguém faz merda ou deixa alguma coisa cair, whatever - com o único intuito de humilhar quem saiu do compasso, ou só fazer barulho por fazer mesmo. Me senti o próprio sueco pensando "tsc tsc tsc"...

Mas what the fuck, Recife continua do caralho. O marzão tá até mais convidativo, a praia tá ótima - se bem que ando guardando minhas horas de sol para um certo paraíso chamado Maragogi, no ano-novo. Acho lindo o balançar dos coqueiros e os casarões antigos da cidade. O bairro da Casa Forte ainda consegue me fazer sentir em casa mesmo depois de tanto tempo fora, acolhido que nem deitar no cobertor quentinho pra ver TV. Mas acima de tudo, as pessoas. Apesar dos modos um tanto bárbaros e dos espíritos estarem sempre mais armados do que o recomendado para a felicidade, aqui o povo é genuinamente bem-humorado e feliz. Não tem um só dia que eu não tenha uma situação ótima que ateste e corrobore isso. É nessas horas que me sinto recifense: nas tiradas nada sofisticadas, toscas mesmo, mas que te fazem mandar à putaqueopariu toda a frescura intelectualóide de ter um senso de humor sarcástico e/ou negro. Isso não combina muito bem com os trópicos, acho.

Algumas coisas insistiram em conspirar contra. Não gostei do apartamento dos Aflitos, pelas razões óbvias e pelas não tão óbvias também, mas meus pais já devem estar morando num maior e melhor, na beira-mar de Boa Viagem, quando eu voltar para o Carnaval. Achei os guaiamuns pequenos demais, mas parece que é fruto de uma praga. Umas almas defuntas por vezes me atormentam, já me acostumei a ignorar as pontadas, pero todavia tengo la camisa negra. Fiquei meio triste ao ver que meu avô anda com a audição tão prejudicada que já não entende o que nós falamos, mesmo com as ajudas tecnológicas - parece uma prisão do ser, coisa sartreana mesmo, me dá uma puta agonia só de ver. É, os 91 anos do velho Severino Paulino e a ausência da véia Iracema começam a pesar, mas rezo para que essa reta final da vida dele transcorra serena e sem maiores percalços. Não consegui encontrar todos os amigos que queria, as pessoas parecem estar meio inacessíveis, e com essa coisa de incompatibilidade de agendas acabo aproveitando mal o tempo tentando conciliar tudo. Not my fault. Mas tenho aproveitado bem o tempo pra conversar mais com minha mãe e curtir a rotina de casa. São só dez dias, mas o aproveitamento do tempo não está ruim. Dá pra fazer tudo e conectar no MSN.

Coisas a favor, muitas: primeiro, meu pai. A cara dele está bem melhor, me parece com a alma mais leve, em um palavra, desestressado. Ele me parece bem mais feliz aqui do que em Brasília. O Arthur também parece estar progredindo bem, slow and steady. Outra coisa boa: dirigir numa cidade com ruas desordenadas e trânsito louco me faz sentir muito vivo, e apesar de conhecer bem a estrutura da cidade, sempre me sinto desafiado por lugares e endereços novos. Ou seja: sou sempre rookie no trânsito daqui. O cheiro de maresia e o fedor do mangue são inexplicavelmente ótimos. Sem falar que, por conta da aparente má fase do clã das Rodrigonas, tenho me sentido meio Vilela, a ala excêntrica e xiita com assuntos de saúde. Vai entender...

* * *

Sou o coração do folclore nordestino
Eu sou Mateus e Bastião do Boi Bumbá
Sou o boneco de Mestre Vitalino
Dançando uma ciranda em Itamaracá
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho
Num frevo de Capiba
Ao som da orquestra armorial
Sou Capibaribe
Num livro de João Cabral

Sou mamulengo de São Bento do Una
Vindo no baque solto de Maracatu
Eu sou um auto de Ariano Suassuna
No meio da Feira de Caruaru
Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta
Levando a flor da lira
Pra Nova Jerusalém
Sou Luis Gonzaga
E vou dando cheiro em meu bem

Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, eu sou o Leão do Norte

Sou Macambira de Joaquim Cardoso
Banda de Pife no meio do canavial
Na noite dos tambores silenciosos
Sou a calunga revelando o Carnaval
Sou a folia que desce lá de Olinda
O homem da meia-noite puxando esse cordão
Sou jangadeiro na festa de Jaboatão

* * *

RAFA @ 02:43 tic-tac-tic-tac

domingo, dezembro 25, 2005

Back in black

black shirt

Tengo la camisa negra
hoy mi amor esta de luto (...)
Tengo la camisa negra
Porque negra tengo el alma
Yo por ti perdí la calma
Y casi pierdo hasta mi cama
Cama cama c'mon baby
Te digo con disimulo
Que tengo la camisa negra
Y debajo tengo el difunto

* * *

Ê volta do mundo, camará
ê mundo dá volta, camará...

* * *

Deja que tus sueños sean olas que se van
libres como el viento en mitad del mar
creo que la vida es un tesoro sin igual
de los buenos tiempos siempre quiero más

* * *

Então. Cheguei à conclusão que todo mundo é meio esquizofrênico. Todo mundo, mas todo mundo mesmo.

Sabe-se que as imagens da nosso sentido de visão se formam muito mais na memória cache do cérebro do que no globo ocular. Idem para o som, gostos, cheiros ou sensações tatéis. Ou seja: se vc confia nos seus sentidos pra saber o que é real, vc tá é fudido.

Os empiricistas e os matemáticos são uns ingênuos babaquinhas. No caso dos matemáticos é pior, são sim uns diletantes arrogantes. Tá certo, as explicações são engenhosas em estabelecer relações de causa e efeito. Mas o pressuposto geral é de que a realidade existe e tem ordem. Tsc tsc tsc. O real é relativo e amorfo, e como não tem forma não pode ser alcançado por uma ciência formal, que só faz sentido nela mesma. O mundo é uma sucessão de situações caóticas e sem nexo. Entrópicas.

As ferramentas para entender o que passa a nosso redor estão muito mais com os psicólogos e lingüistas. São eles que possuem o intrumental, mesmo rudimentar, para entender as estruturas que formam os processos na entropia geral. A bagunça é muita, mas dá pra tentar separar o que é músculo e o que é osso, o que é víscera e o que é órgão. Se não advogasse por um estruturalismo aberto e livre, seria um niilista. E eu não sou niilista. Somos o que nós e os outros construimos. Somos uma salada de genes de duas pessoas na proporção 50-50, de forma que somos feitos dos mesmos tijolos que nossos pais, mas em uma ordem e jeito tão diferente que nos faz únicos desde o momento que nascemos.

* * *

Gosto de gatilhos para pensamentos. Pode ser aquela página doze, a imagem de um passarinho na sua janela, ou um filme na tevê. E do nada sou Forrest Gump, ou o doutor curioso e sacana de Eyes Wide Shut. Mas sou eu, nonetheless.

* * *

RAFA @ 13:24 tic-tac-tic-tac

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Estranhos tempos esses. Acho que a vida está querendo me dar uma lição, mas eu não entendi a primeira explicação. Repete, teacher?

É estranho como as coisas têm progressivamente saído do campo da sintaxe e entrando no campo da semântica. You see, não se trata mais de ter uma namorada bonita, inteligente, que beije bem, seja boa de cama, simpática, etecetera e tal. O que é tecnicamente bonito ou bom às vezes não tem significado, e por isso mesmo, não faz sentido.

Não digo que a sintaxe perdeu de vez a importância: esse ano me mostrou que ela é muito mais que importante, é pré-requisito. E justamente por isso temos que saber observar nosso "ponto de corte" inconsciente, sem ser hipócrita para si mesmo.

A gente passa a vida adorando filé ao molho madeira. Um dia, resolve experimentar: lagarto ao vinegrete, picanha com mostarda, frango com ervas. Experimenta de tudo, do bom e do melhor. E chega à conclusão que gosta de todas essas coisas. Mas que adora, de adorar mesmo, o maldito filé ao molho madeira.

Não dá pra julgar pessoas e relacionamentos por critérios objetivos. As pessoas não são meros conjuntos de qualidades e defeitos, como uma tabela de prós e contras. O que importa mesmo é a estorinha. Aquela menina feinha, que beija mal e tem manias ridículas pode mesmo ser a mulher da sua vida, o grande amor que vc estava esperando, e que se não vai ser a mãe de seus filhos vai te fazer bem feliz por um bom tempo. Depende apenas de como a estória está sendo escrita, fato após fato, linha após linha.

Às vezes a estória vai parecer bem estranha, sem estrutura como um poema concretista, ou atropelada e sem pontuação como os contos que eu odeio do Saramago. Por vezes será ritmado, singelo como uma valsinha, ou troppo allegro como um house de altíssimo BPM. Pode ser sensual e debochado como um sambinha, ou dramático e elegante como um bom tango. É claro, o estilo, e o ritmo, podem mudar no meio da estória também, por que não?

O fato é que as coisas já não são como são. Elas são como parecem ao olho do freguês aqui. Cheguei à conclusão que imperfeições das mais sérias, como beijar mal, ser burra ou feia, passam totalmente batidas quando a estorinha joga luzes em outra direção. É a estorinha - e não o amor, como algum desavisado pode supor - que dá sentido às coisas da vida. Semântica, e não sintaxe.

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RAFA @ 17:26 tic-tac-tic-tac

Interna

- 27,

- 25,

- 23,

- 21,

- 20?

- 20.

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RAFA @ 17:24 tic-tac-tic-tac

O Dezenove.

O dia dezoito foi uma bela porcaria. Passar o dia do seu aniversário fazendo concurso, de nove da manhã às cinco da tarde não foi nada legal. E não foi qualquer concursinho mequetrefe: Auditor-Fiscal da Receita. Provinha matadora, o próprio massacre da serra elétrica. Queimei tanto fosfato que chega fiquei fraco. Cheguei em casa morto.

Mas aí, cervejinha pra lá, cervejinha pra cá, amigos chegando, eu fui animando. E esqueci que tinha de jantar. Sem comer, seis bohemiazinhas pesaram como sessenta. E no fim da noite tava lá eu, animadaço, mas com pressão baixa e uma tremedeira digna das montanhas da Cachemira. Salvo isso, a noite poderia ter sido bem melhor. E eu mereço crédito. Os registros históricos pesam a meu favor.

Engraçado como meus aniversários sempre foram cheios de significado. Num ano, passeei por Porto Alegre em ótima companhia. Em outro, sozinho e reflexivo, no Ibirapuera, in search of myself. Em um, a passagem para a maioridade real, dando um presente à minha namorada da época. No outro 50 amigos (cinquenta mesmo) numa mesa de bar e se esgoelando depois numa serenata na praça.

Esse aniversário foi bem diferente. Rotineiro, e bem mais chato. Só não foi mais chato porque os amigos, sempre eles, salvaram aos 45 do segundo tempo. Não teve grandes reflexões, nem significados. Lembrem-me de nunca mais fazer concurso no meu aniversário.

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RAFA @ 17:10 tic-tac-tic-tac

sábado, dezembro 17, 2005

O Dezoito

Povo da Terra!

Amanhã é dia 18, e como São Orkut lembra todo mundo, não vou nem dizer porque estou escrevendo essa mensagem. Portanto, por meio desta, conclamo a todas vossas excelências e senhorias (you-know-why) para fazer (you-know-what) aqui em casa, com cervejinhas e caipirinhas, domingo a partir das 20h. SQS 416 O 307.

Mas... como já é tradicional há alguns muitos anos, também vou comemorar no barzinho. Logicamente espero que vcs estejam nas duas ocasiões, mas quem não puder ou não quiser vir aqui no domingo - porque precisa ir na igreja, comçar regime ou acordar cedo na segunda - iremos na terça dia vinte pro Brauhaus na 303 sul, então não tem desculpa para não me ver e me dar as condolências, e um abracinho pra eu não me sentir tão mal com a ocasião.

Estejam avisados. Domingo, aqui em casa. Terça, no Brauhaus. E estejam lá, caso contrário, desintegraremos o seu planetinha de merda.

Abraços e beijos,
Rafa - e seu "laser" marciano desintegrador.

(ao som de People of the Earth do Graham Coxon. Se não conhece, tá esperando o que pra baixar?)

RAFA @ 10:58 tic-tac-tic-tac

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Grandes shows que eu nunca poderei ir.
ou pelo menos não enquanto não inventarem a máquina do tempo.

Obs: vou listar só os fora do Brasil primeiro. Os shows daqui merecem uma lista separada...


- Ver os Beatles no telhado, em sua última jam.

- O Queen roubando a cena no Live Aid, 1985.

- ficar bêbado e quebrar tudo que nem um hooligan no show do Oasis no Estádio de Maine Road - Manchester'96, ou em Wembley'00 no Familiar to Millions. (Depois er preso e expulso do UK por 5 anos... hehehehe)

- U2 no Slane Castle, Dublin, 2001. O segundo dia deve ter sido melhor, clima de repeteco, e mais Moby, Ash e Nelly Furtado abrindo.

- Ver os Sex Pistols tocando "God save the queen/she ain´t no human being" na famosa barca no Tâmisa, no jubileu da monarca em 77.

- Pink Floyd gravando em Pompéia, Itália, em 71. Não teve platéia, mas queria ter estado lá.

- ter uma experiência extra-corpórea ouvindo Radiohead, Festival de Glastonbury, 1997. Já fui lá, e o lugar é mágico mesmo. Coisa dos celtas, druidas, coisa e tal.

- Ser uma das 250 mil pessoas que foram a Knebworth em 1996 pra ver The Charlatans, Kula Shaker, Manic Street Preachers, Ocean Colour Scene, Prodigy e Oasis.

- Tomar bolinha e ouvir Kinky Afro no show dos Happy Mondays no Hacienda de Manchester, 1991, no auge do 24-hour-party-people.

- Bonnaroo'04, lá no cafundó do Tennessee. Só por curiosidade.

- só as mulé no Lilith Fair'98 - Sheryl Crow, Sarah McLachlan, Meredith Brooks, Suzanne Vega, Bonnie Raitt, Liz Phair, Natalie Merchant. Ah, teve Sixpence também. Mas quem se importa?

- Ramones no CBGB´s, em NYC. Tá bom, pode ser o Police. Ou o Living Colour. Ou os poseurs dos Strokes. Ou Talking Heads. Ou Blondie. Ah, sei lá...

- Blur, Budokan de Tóquio, 1995.

- James Brown em 62. Ou Funkadelic em 77 em Houston. Pirei com o vídeo que o Davi me mostrou.

- Run DMC & The Beastie Boys no Harlem, naquela turnê famosa que eu não lembro o ano.

- Bob Marley, One Love Peace Concert, Kingston'78. O aperto de mãos histórico entre Manley e Seaga, líderes das facções políticas em conflito na Jamaica. O retorno do rei à casa.

- Festival de Monterey em 1967, o "summer of love": Janis Joplin, Otis Redding, Byrds, Jefferson Airplane, The Who, Ravi Shankar, Grateful Dead.

- e por último, o que todos sonham ter ido: Woodstock. Principalmente o show do Jimi Hendrix, e o Joe Cocker cantando "With a little help from my friends". E de quebra ainda teve Santana e Sly & the Family Stone.

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RAFA @ 18:29 tic-tac-tic-tac

Passa-régua, week two.

- Lavei o carro. Quer dizer, fui ao posto e had it done. Impressionante como começo a ter prazer nessas coisas tão tipicamente pequeno-burguesas... ver meu carro limpinho e reluzente me fez tão bem! Daqui a pouco estou me vestindo como meu pai, de sapato social e camisa pólo pra dentro. Ugh!

- Pré-qualificação defendida com sucesso, apesar de alguns detalhezinhos precisarem de atenção. Padronizar as referências bibliográficas (estava com muito sono quando fiz essa parte, acabei esquecendo de alguns detalhes) e trabalhar num título mais chamativo. De resto, a hipótese e o objeto estão bem delimitados, e a metodologia definida e bem apropriada. Bola dentro, ao que me consta.

- Realizei um capricho antigo. Não por nada, mas queria ver se era capaz. E fui. Chame Olga!

- A casa agora tem tábua de passar e microondas, em breve uma lava-louças se tudo der certo. Todas as contas estão em dia, sem nenhum atraso. A cozinha está transitável e limpa. Todas as roupas sujas estão no cesto, e os papéis estão em relativa ordem. O chão da sala podeia estar mais limpo, mas a faxina de quinta-feira dará jeito. Semana que vem decidiremos quem será nossa nova empregada.

- Não sei se "Guerra e Antiguerra" de Alvin & Heidi Toffler entrará para a categoria dos Livros que mudaram a vida do Rafa, mas as 50 páginas iniciais valeram muito a pena. Sinceramente, é tudo o que quero para minha vida. Queria ter escrito eu mesmo as tais 50 páginas.

- Eu amo Brasília. Ainda vou escrever um bom post sobre isso.

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RAFA @ 18:09 tic-tac-tic-tac