:: Raridades ::
domingo, dezembro 25, 2005

Back in black

black shirt

Tengo la camisa negra
hoy mi amor esta de luto (...)
Tengo la camisa negra
Porque negra tengo el alma
Yo por ti perdí la calma
Y casi pierdo hasta mi cama
Cama cama c'mon baby
Te digo con disimulo
Que tengo la camisa negra
Y debajo tengo el difunto

* * *

Ê volta do mundo, camará
ê mundo dá volta, camará...

* * *

Deja que tus sueños sean olas que se van
libres como el viento en mitad del mar
creo que la vida es un tesoro sin igual
de los buenos tiempos siempre quiero más

* * *

Então. Cheguei à conclusão que todo mundo é meio esquizofrênico. Todo mundo, mas todo mundo mesmo.

Sabe-se que as imagens da nosso sentido de visão se formam muito mais na memória cache do cérebro do que no globo ocular. Idem para o som, gostos, cheiros ou sensações tatéis. Ou seja: se vc confia nos seus sentidos pra saber o que é real, vc tá é fudido.

Os empiricistas e os matemáticos são uns ingênuos babaquinhas. No caso dos matemáticos é pior, são sim uns diletantes arrogantes. Tá certo, as explicações são engenhosas em estabelecer relações de causa e efeito. Mas o pressuposto geral é de que a realidade existe e tem ordem. Tsc tsc tsc. O real é relativo e amorfo, e como não tem forma não pode ser alcançado por uma ciência formal, que só faz sentido nela mesma. O mundo é uma sucessão de situações caóticas e sem nexo. Entrópicas.

As ferramentas para entender o que passa a nosso redor estão muito mais com os psicólogos e lingüistas. São eles que possuem o intrumental, mesmo rudimentar, para entender as estruturas que formam os processos na entropia geral. A bagunça é muita, mas dá pra tentar separar o que é músculo e o que é osso, o que é víscera e o que é órgão. Se não advogasse por um estruturalismo aberto e livre, seria um niilista. E eu não sou niilista. Somos o que nós e os outros construimos. Somos uma salada de genes de duas pessoas na proporção 50-50, de forma que somos feitos dos mesmos tijolos que nossos pais, mas em uma ordem e jeito tão diferente que nos faz únicos desde o momento que nascemos.

* * *

Gosto de gatilhos para pensamentos. Pode ser aquela página doze, a imagem de um passarinho na sua janela, ou um filme na tevê. E do nada sou Forrest Gump, ou o doutor curioso e sacana de Eyes Wide Shut. Mas sou eu, nonetheless.

* * *

RAFA @ 13:24 tic-tac-tic-tac