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segunda-feira, dezembro 19, 2005

O Dezenove.

O dia dezoito foi uma bela porcaria. Passar o dia do seu aniversário fazendo concurso, de nove da manhã às cinco da tarde não foi nada legal. E não foi qualquer concursinho mequetrefe: Auditor-Fiscal da Receita. Provinha matadora, o próprio massacre da serra elétrica. Queimei tanto fosfato que chega fiquei fraco. Cheguei em casa morto.

Mas aí, cervejinha pra lá, cervejinha pra cá, amigos chegando, eu fui animando. E esqueci que tinha de jantar. Sem comer, seis bohemiazinhas pesaram como sessenta. E no fim da noite tava lá eu, animadaço, mas com pressão baixa e uma tremedeira digna das montanhas da Cachemira. Salvo isso, a noite poderia ter sido bem melhor. E eu mereço crédito. Os registros históricos pesam a meu favor.

Engraçado como meus aniversários sempre foram cheios de significado. Num ano, passeei por Porto Alegre em ótima companhia. Em outro, sozinho e reflexivo, no Ibirapuera, in search of myself. Em um, a passagem para a maioridade real, dando um presente à minha namorada da época. No outro 50 amigos (cinquenta mesmo) numa mesa de bar e se esgoelando depois numa serenata na praça.

Esse aniversário foi bem diferente. Rotineiro, e bem mais chato. Só não foi mais chato porque os amigos, sempre eles, salvaram aos 45 do segundo tempo. Não teve grandes reflexões, nem significados. Lembrem-me de nunca mais fazer concurso no meu aniversário.

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RAFA @ 17:10 tic-tac-tic-tac