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quinta-feira, janeiro 12, 2006
Soft PowerCerta feita estava no Hyde Park, em Londontown, e vi uma placa que convidava os transeuntes a pisar na grama, pois "naquele outro país do outro lado do English Channel" isso não era possível. Não lembro do fraseamento exato, mas era mais ou menos isso. Os ingleses adoram gramados, e eu também, por isso adorei a brincadeirinha explorando a rivalidade milenar. Por motivos óbvios a placa era não-oficial, para não causar incidentes diplomáticos com um motivo tão prosaico como a grama, e pra não dar munição aos eurocéticos, que acham que as ilhas nunca vão se enquadrar mesmo no clubinho de Bruxelas. Mas ninguém tirava a danada da placa. Verdade. No Campo de Marte em Paris e em qualquer outro gramado daquela cidade, as placas de "não pise na grama" prosperam. Vi uma até no Bois de Boulogne! Ora, pois então pra que serve a grama, se não dá pra pisar? Paris é linda, mas essa coisa de proibição é um treco muito repressivo. Um amigo me enviou essa foto. Não sabemos se é do UK ou da Austrália, mas de qualquer forma vale para explicar que reprimir, no fim, não adianta de porra nenhuma. Achei muito boa. ![]() Vai ver os franceses não botam um treco desse porque sabem que eles próprios emporcalham os gramados da cidade com merde de chien (é assim que se escreve?). Coisa que a civilidade britânica não tolera. Tá bom, os ilhéus naõ são exatamente os suecos, mas são bem mais conscientes e civilizados do que seus companheiros gauleses. E por conta disso podem aproveitar um gramado limpinho e sem bactérias pestilentas em excesso. * * * Outro exemplo é essa foto aqui. O contexto é bem comum aqui em Brasília: carro parado em fila dupla na comercial. A amiga fofa aí decidiu fazer algo que de tão soft acaba sendo um soco na cara. Em vez de arranhar o carro, quebrar retrovisor ou qq outra coisa, escreveu com uma canetinha - dessas que saem com flanela e detergente. Assim que viu o carro dela assim, escreveu e deu um tempinho. Demorou mais do que o previsto, mas o motorista-vilão deve ter entendido a mensagem. E ganho uma lição de civilidade, pra completar. ![]() * * * Por fim, já que meu tempo de internet em casa aumentou bastante pela falta do carro, tem esse link aqui. É um videozinho do Esporte Espetacular, que mostra porque um Marine americano não conseguiu acabar o treinamento de Guerra na Selva do Exército brazuca. Muito interessante. Selva! * * * RAFA @ 08:36 tic-tac-tic-tac
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mirror, mirror
na vitrola
bio Brasileiro da gema, viajante do mundo por natureza. Sagitariano cuspido e escarrado, com ascendente em Aquário, seja lá o que isso for. Odeia sopas e caldos mais do que tudo no mundo, seguido de perto por cinismo. Nascido na Ilha do Leite, na cidade do Recife, criado na Urca e em muitos quartéis Brasil afora, foi enrolado por sua mãe na bandeira do Sport quando nasceu, mas ama mesmo é o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas. Afinal, amor que é amor tem que doer, e torcer pra time que só ganha é chato demais. Gosta de sentir a brisa da praia no rosto, do bobó de camarão de Dona Susana, e de frutos do mar em geral. Seus tempos de Colégio Militar no Rio o fizeram um cavalariano orgulhoso, mas um péssimo cavaleiro: ainda hoje insiste em querer montar pelo lado direito. Indie desde pequeninho, é mestre em gostar de bandas que ninguém nunca ouviu falar. Em razão do seu amor pelo róquenrou, tenta sem sucesso tocar instrumentos de cordas - violão, baixo, guitarra - mas sua incompetência não o deixa passar do meia-boca. Moço com grandes dotes culinários (só não morreu de inanição ainda por sua criatividade na cozinha), amante da boa-mesa - e de "forks" in the table - já até sentiu o sabor das nuvens. Com oito anos decidiu ser piloto de caça depois de ter visto Top Gun no cinema - desistiu aos 16 quando se deu conta que a Marinha não tinha caças e que milico ganha mal que só a porra. Hoje, graduado em Relações Internacionais pela UnB e mestrando em Comunicação na mesma, estuda para passar no Rio Branco, só porque gostou do cafezinho da Embaixada em Londres. Viciado em chocolate por falta crônica de sexo, vive dizendo que um alfajor de chocolate Havanna é quase tão bom quanto uma noitada com a Luana Piovani ou com a Jennifer Connoly. Eco-chato assumido, descobriu-se idealista depois de velho - dizem as más línguas que foi depois de ter finalmente entendido Kant, aquele mesmo que ele próprio passou a vida inteira malhando. Reza a lenda que seu idealismo é tão agudo que nunca vai deixar de acreditar em Papai Noel e na ONU. É um dos maiores acadêmicos de seu tempo, com 1,90m de altura, por isso mesmo preferindo as altas: "baixinha dá uma puta dor nas costas" reclama. Don Juan totalmente às avessas, "bigode" assumido, não tem muita afeição por gatos, a marxistas e a torcedores do Flamengo. Recebeu orgulhamente o diploma de cidadão honorário de Entre-Ijuís/RS, e já vislumbra o Nobel da Paz. Toma chimarrão regularmente, para curar bebedeira e manter a tradição. Sangue O positivo com muita testosterona, sofre de insônia, alergia a pó e falta de simancol. Escreve esse blog porque adora fazer uma graça - só não percebeu que a maior graça na vida dele é ser ele próprio.
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soft cuca ![]()
sharp cuca about this blog *idiossincrasia (id). [Do grego idiossynkrasía: ídios, próprio + sykrasis, constituição, temperamento] S. f. 1. Disposição do temperamento do indivíduo, que o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos. 2. Maneira de ver, sentir, reagir, própria de cada pessoa. 3. Med. Sensibilidade anormal, peculiar a um indivíduo, a uma droga, proteína ou outro agente.Porque "Raridades & Idiossincrasias"? Não sei bem ao certo. Achei um título legal when it came out. Um título quase conceitual, eu diria. Sobre as "idiossincrasias", eu uso essa palavra sempre, mesmo soando meio intelectualóide demais pro meu gosto. No entanto, eu normalmente a uso com um sentido um pouco diferente do restrito léxico dos dicionários. Pra mim, essa "maneira de ver, sentir, reagir" se percebe nas menores coisas, aquele tipo de detalhe inerente à sua personalidade que nem mesmo as pessoas que melhor te conhecem poderiam notar. Aquelas pequenas manias, tipo Amélie Poulain, como fazer pedrinhas ricochetearem no canal ou enfiar a m?o num saco de tremoço (aliás, enfiar a mão num saco de qualquer cereal é fantástico!). Detalhes pequenos, mas muito importantes. Vitais! Essa é a idéia. Registrar estas pequenas raridades do dia-a-dia. Ou também as raridades que parecem grandes, mas que no final são igualmente pequenas. Isso faz parte do meu esforço de perceber a realidade ao redor com olhos mais clínicos, para poder enxergar a beleza dessas coisas. A manteiga derretendo no pãozinho quente, o cheiro fresco de grama molhada de chuva, essas coisas... Enjoy the experience! no baú
setembro 2004 Raridades v.1: out'02 a fev'03
Raridades v.2: out'03 a fev'04
Raridades v.3: mai'04 a set'04 - fora do ar devido aos idiotas da Globo.com
credits
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