sábado, fevereiro 25, 2006
Carnaval na Mauricéia"Eu vim com a Nação Zumbi ao seu ouvido falar: quero ver a poeira subir e muita fumaça no ar, cheguei com meu universo e aterriso no seu pensamento trago as luzes dos postes nos olhos rios e pontes no coração PERNAMBUCO em baixo dos pés e minha mente na imensidão..." * * * É isso aí, pessoal. Aterrisso no Recife no meio de um sábado de carnaval em que meus pais acordaram cedo pra ir ver o Galo da Madrugada - a maior festa popular do mundo, com 1,5 milhão de pessoas em uma área de pouco mais de 4 km2. Dizem os relatos que o velho chegou em casa há pouco, bebim bebim... Chego no aeroporto hoje de noite e vou direto para os shows no Marco Zero e na Praça do Arsenal. Domingo vou pra Porto de Galinhas de manhã, e volto pra ver o Elefante (lindo!) a Pitombeira dos Quatro Cantos em Olinda com minha mãe. Segunda tô em Maragogi pegando uma prainha, e terça vou para o Pátio de São Pedro, para os maracatus na Noite dos Tambores Silenciosos. Da quarta em diante não sei, devo ir pra Tamandaré ou qualquer outra praia, relaxar e aproveitar a inspiração para escrever coisas pro mestrado. E é isso aí! Deixo uns links pra vocês verem do que eu estou falando. É... eu mereço isso tudo. Vídeo - Carnaval Multicultural do Recife no Showlivre Revista Próxima Viagem - Carnaval no Recife Bom Carnaval pra todo mundo! * * * A marchinha de carnaval desse ano é essa esculhambação do Alceu: Rala Bush O Bush Bush Bush o que é que Bush tem Se ele faz a guerra eu brinco de fazer neném O Bush quer petroleo, não respeita o ambiente, não assina o Protocolo de Quioto minha gente Se o caubói faz a guerra eu brinco de fazer neném * * * Faísca Esse é meu novo amigo, o Faísca. Ele veio de Roraima e é muito engraçado. Fica com o rabo quente, mas corre e se refresca no riacho. Ficará aqui na minha mesa, do lado do Visconde e da Nessie. Ele parece um outro amigo meu, o Pablo, mas ao que parece não são parentes não. E aí, o que acharam? Ah, não deixem de conferir os links novos nos blogs amigos. * * * Amor Vincit Omnia Die gedanken sind frei, e aqui posso falar o que eu bem entender. Não me importo com o que vão dizer, em coletivo ou no particular. Só sei que sinto o universo sempre mudando, em expansão, trocando todos os átomos de nossos corpos, esses mesmos átomos criados de uma explosão gigante na criação do mundo. A realidade muda, a estória mudou bastante. Achava que o tango iria virar samba, mas acabou virando um jazz, todo improviso, sem métrica. E se o universo mudou, as leis da física continuam mais ou menos as mesmas, com química, biologia e o escambau. Juro não jurar nada, mas posso sentir e pressentir. E sinto que, enquanto houver estrelas e uma lua no céu, as coisas serão exatamente desse jeito. Mágicas. Inexplicáveis. Foda-se a ciência. Vamos com Virgílio. Omnia vincit amor et nos cedamus amori! Ou nos dizeres de Nature Boy: the greatest thing you'll ever learn is just to love and be loved in return * * * * * * * RAFA @ 19:40 tic-tac-tic-tac
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Un bacio dura quanto dura il bacio, lo sai?Un sogno dura quanto dura il sogno, lo sai? Il tempo dura quanto dura il tempo, Curioso elemento il tempo Il tempo soffia quando soffia il vento, lo sai? Il tempo abbaia quando abbaia il cane Il tempo ride quando stai ridendo Curioso elemento il tempo... * * * Passando o sinal de fumaça: a vida tá bem diferente esse mês. A mão já tá 100%, mas ficar sem carro e brigar com uma seguradora não é nada agradável. Mexe com a vida toda, de acordar mais cedo, depender de favores de colegas pra fazer coisas otherwise banal, não ver os amigos that often. Tenho ficado mais em casa por conta disso, às vezes até que é bom, mas tem hora que eu acho que vou enlouquecer. E saio a pé sem destino. Estou trabalhando o triplo agora que estou de assistente de gabinete. Acho que sou meio que "o quebra-galho para questões substantivas" da minha unidade, dou uma de meia-armador, passando a bola pra todo mundo mas sem fazer gol myself. Algo me diz que isso vai ser bem estressante daqui por diante, porque meu chefe definitivamente não é um cara fácil. Não falta boa vontade de nenhum dos lados, acho, mas na maioria das vezes tenho a impressão de que falamos línguas diferentes. A intenção é ficar lá até o início do ano que vem, se não conseguir proposta melhor em termos de $ ou passar no IRBr. Mas se eu encher o saco saio antes. Afinal, o tradeoff é ganhar pouco pra trabalhar com o que gosto. Se eu não estiver gostando... Aliás, me pergunto seriamente se tem alguém na minha turma de REL que esteja ganhando menos que eu. Acho que não. Mais uma constatação do meu espírito Madre Teresa, for king and country. Em compensação, acho que ninguém tá mais na área que focou na graduação que yo. Só o tempo dirá se essa foi mesmo uma boa manobra. * * * Chavões. Eles nunca estiveram tanto na minha cabeça. Por exemplo, tenho me dado conta que, de fato, há tempo pra tudo, pra plantar e pra colher. Tenho descoberto que, realmente, tudo é aprendizado. Que veneno contra veneno é inútil. Que dois errados não fazem um certo. Estou me esforçando pra zerar o karma. Não enganar ninguém, não jogar sujo, não criar expectativas se eu não estou a fim. Finalmente: cheguei à conclusão que recuperar confianças é tarefa realmente difícil. E que tem uma coisa que eu odeio mais que sopa: CINISMO. * * * RAFA @ 22:37 tic-tac-tic-tac
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mirror, mirror
na vitrola
bio Brasileiro da gema, viajante do mundo por natureza. Sagitariano cuspido e escarrado, com ascendente em Aquário, seja lá o que isso for. Odeia sopas e caldos mais do que tudo no mundo, seguido de perto por cinismo. Nascido na Ilha do Leite, na cidade do Recife, criado na Urca e em muitos quartéis Brasil afora, foi enrolado por sua mãe na bandeira do Sport quando nasceu, mas ama mesmo é o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas. Afinal, amor que é amor tem que doer, e torcer pra time que só ganha é chato demais. Gosta de sentir a brisa da praia no rosto, do bobó de camarão de Dona Susana, e de frutos do mar em geral. Seus tempos de Colégio Militar no Rio o fizeram um cavalariano orgulhoso, mas um péssimo cavaleiro: ainda hoje insiste em querer montar pelo lado direito. Indie desde pequeninho, é mestre em gostar de bandas que ninguém nunca ouviu falar. Em razão do seu amor pelo róquenrou, tenta sem sucesso tocar instrumentos de cordas - violão, baixo, guitarra - mas sua incompetência não o deixa passar do meia-boca. Moço com grandes dotes culinários (só não morreu de inanição ainda por sua criatividade na cozinha), amante da boa-mesa - e de "forks" in the table - já até sentiu o sabor das nuvens. Com oito anos decidiu ser piloto de caça depois de ter visto Top Gun no cinema - desistiu aos 16 quando se deu conta que a Marinha não tinha caças e que milico ganha mal que só a porra. Hoje, graduado em Relações Internacionais pela UnB e mestrando em Comunicação na mesma, estuda para passar no Rio Branco, só porque gostou do cafezinho da Embaixada em Londres. Viciado em chocolate por falta crônica de sexo, vive dizendo que um alfajor de chocolate Havanna é quase tão bom quanto uma noitada com a Luana Piovani ou com a Jennifer Connoly. Eco-chato assumido, descobriu-se idealista depois de velho - dizem as más línguas que foi depois de ter finalmente entendido Kant, aquele mesmo que ele próprio passou a vida inteira malhando. Reza a lenda que seu idealismo é tão agudo que nunca vai deixar de acreditar em Papai Noel e na ONU. É um dos maiores acadêmicos de seu tempo, com 1,90m de altura, por isso mesmo preferindo as altas: "baixinha dá uma puta dor nas costas" reclama. Don Juan totalmente às avessas, "bigode" assumido, não tem muita afeição por gatos, a marxistas e a torcedores do Flamengo. Recebeu orgulhamente o diploma de cidadão honorário de Entre-Ijuís/RS, e já vislumbra o Nobel da Paz. Toma chimarrão regularmente, para curar bebedeira e manter a tradição. Sangue O positivo com muita testosterona, sofre de insônia, alergia a pó e falta de simancol. Escreve esse blog porque adora fazer uma graça - só não percebeu que a maior graça na vida dele é ser ele próprio.
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soft cuca
sharp cuca about this blog *idiossincrasia (id). [Do grego idiossynkrasía: ídios, próprio + sykrasis, constituição, temperamento] S. f. 1. Disposição do temperamento do indivíduo, que o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos. 2. Maneira de ver, sentir, reagir, própria de cada pessoa. 3. Med. Sensibilidade anormal, peculiar a um indivíduo, a uma droga, proteína ou outro agente.Porque "Raridades & Idiossincrasias"? Não sei bem ao certo. Achei um título legal when it came out. Um título quase conceitual, eu diria. Sobre as "idiossincrasias", eu uso essa palavra sempre, mesmo soando meio intelectualóide demais pro meu gosto. No entanto, eu normalmente a uso com um sentido um pouco diferente do restrito léxico dos dicionários. Pra mim, essa "maneira de ver, sentir, reagir" se percebe nas menores coisas, aquele tipo de detalhe inerente à sua personalidade que nem mesmo as pessoas que melhor te conhecem poderiam notar. Aquelas pequenas manias, tipo Amélie Poulain, como fazer pedrinhas ricochetearem no canal ou enfiar a m?o num saco de tremoço (aliás, enfiar a mão num saco de qualquer cereal é fantástico!). Detalhes pequenos, mas muito importantes. Vitais! Essa é a idéia. Registrar estas pequenas raridades do dia-a-dia. Ou também as raridades que parecem grandes, mas que no final são igualmente pequenas. Isso faz parte do meu esforço de perceber a realidade ao redor com olhos mais clínicos, para poder enxergar a beleza dessas coisas. A manteiga derretendo no pãozinho quente, o cheiro fresco de grama molhada de chuva, essas coisas... Enjoy the experience! no baú
setembro 2004 Raridades v.1: out'02 a fev'03
Raridades v.2: out'03 a fev'04
Raridades v.3: mai'04 a set'04 - fora do ar devido aos idiotas da Globo.com
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