:: Raridades ::
segunda-feira, abril 10, 2006

Hold it down boi, yer head's gettin' blurred
I know you can't stop thinking of her
By all means you can vibe with this girl
But just don't mug yourself, that's all, don't mug yourself!

* * *

You need to hold it down Jack, put yer phone back
Quit staring into space and eat your snack, that's that
She'll want you much for not hanging on
Stop me if I'm wrong, stop me if I'm wrong
Why should she be the one who decides whether it's off or on or on or off or on
Now the girl's rude, I know she's rude but she's screwed right thru you, you'll be on your knees soon

RAFA @ 17:30 tic-tac-tic-tac

sexta-feira, abril 07, 2006

Passado

Hoje senti na pele a grande diferença que existe entre o tempo passado e o tempo percebido. Parece que o tempo passa o triplo pra quem espera, pra quem guarda mágoa, pra quem tem a ausência presente. E passa tão rápido para quem está tranquilo...

Os erros do passado ecoam, reverberam no agora, me causam desconforto. Não me sinto culpado por eles, não os fiz por mal nem por dolo, apenas não era possível conciliar as coisas com minhas capacidades na época. Não foi difícil perdoar-me, justamente por ter a convicção de que não sou uma pessoa egoísta ou cruel. Mas acho às vezes que tenho punições desproporcionais ao tamanho dos erros que cometi.

Ultimamente tem sido uma constante. Pessoas me aparecem com recibos de supostas dívidas emocionais, a cobrar-me. Acontece que não faz sentido aparecer pra cobrar dizendo que a dívida é impagável. Quem cobra quer pagamento, não simplesmente acusar de devedor quem não pagou. Pior: os juros são fixados a posteriori, sem a anuência de quem vai pagar. Punição para o mau pagador, é, pode ser. Mas deixa o bom devedor refém para sempre. A paga nunca será o bastante. É injusto.

Pra mim, a resposta é triste. Nunca pedi emprestado a juros altos, nem nunca pedirei. Sei que tenho credibilidade nesses assuntos, mereço juros baixos, e caio fora se ver que a pessoa está a abusar de mim. Essa desproporcionalidade na cobrança me faz realmente me perguntar se as supostas credoras estão sendo honestas e verdadeiras em acusar-me do tamanho da dívida, ou se estão simplesmente regateando com o que não deviam, subindo o preço pra ver se vou atrás. Foda ter essa dúvida. Parece que estou sendo injusto ao tentar me proteger de uma injustiça.

Quero esclarecer as coisas, zerar minhas pendências com as pessoas, ficar na paz com todos, em paz. Mas não vou correr pro meio da fumaça sem um balde d'água. Não vou atrás não, não faço mais do que o necessário para recuperar a amizade, e deixo isso claro para que não haja dúvidas do momento em que estou saindo fora. Não adianta subir preço com judeu, e com os pseudos também. O negociante tem que estar preparado para conversar muito, munido de bom-senso e confiança no interlocutor. Quando algum deles se esvai, a resposta pode simplesmente ser "não". Não que alguém perca algo com isso. Mas deixa de ganhar. E zerar as coisas com o passado.

Palavra nova que aprendi hoje: GESTALT.

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RAFA @ 17:49 tic-tac-tic-tac