![]() |
|||||
quinta-feira, março 08, 2007
MULHER![]() A verdadeira revolução feminina ainda está por ocorrer. O que aconteceu nos anos sessenta, se não foi uma completa farsa, foi uma mera adequação de regras. Foi o sistema se redesenhando, para evitar a ascensão de uma força que poderia acabá-lo. E essa força é a mulher. Não a mulher-construída de Beauvoir, mas a mulher-essencial, antropológica, prímiva. Tenho noção da gravidade do que falo, e apenas o digo por ser um homem absolutamente feminista. E só sendo homem para perceber o quanto a nossa civilização é fundada na testosterona. Sim sim, acho mesmo que a quintessência da sociedade, a base de tudo, é uma substância química, um esteróide androgênico. É a testosterona na iniciativa, do deixa-comigo, da força muscular, do tesão, mas também da agressividade e do instinto destrutivo. E nada mais masculino do que o capitalismo: ele simplesmente não existiria sem a iniciativa e o correr-atrás da testosterona - e nem as guerras, tão "necessárias" (grossas aspas) para renovar o sistema de quando em quando. E esse é o mundo: por um lado, avanços tecnológicos e crescimento, por outro, guerras e degradação do meio ambiente. Esse é o mundo da testosterona. As próprias mulheres ainda não entenderam a natureza de sua própria força. O poder feminino existe, é tão grande quanto o seu complementar masculino, e se fosse usado como deveria, as mulheres de fato ganhariam os mesmos salários e seriam tão valorizadas quanto os homens. E o que ocorre? Em vez de olhar para dentro e descobrir a fêmea prímiva - que há dentro de todo ser humano, XX ou XY - a mulher volta-se para fora e imita o mundo masculino que a oprime. Usa calça jeans, cabelo curto, e principalmente, toma para si o comportamento e as mesmas atitudes de opressão, agressividade, promiscuidade e infidelidade de seus algozes. Não há nada de errado no jeans e no cabelo curto por si, e há um quê de contestação adolescente nisso que é bonita de alguma forma. Mas eles são símbolos de inconsciente coletivo que (ainda) valoriza mais a testosterona, e que portanto é desequilibrado na balança do Yin-Yang. Por exemplo, o que é desenvolvimento sustentável? Nada mais é do que dar freios à iniciativa do capitalismo yang com o controle ambiental yin. O verdadeiro poder da fêmea está nas saias, nas cores, no cabelo grande e vistoso e no batom. Está na ternura da voz e da pele, na "fragilidade" (aspas mais grossas) do choro. Está na grande força do gerar e ver crescer nas suas entranhas uma nova vida, e alimentá-la do seu próprio corpo - e como diria minha mãe, de dedicadamente alimentar a cria por anos a fio depois do peito. Está na na beleza dos seios e dos quadris largos, que não possuem outra "utilidade" do que gerar e alimentar, mas que revelam a mulher humana como o mais sofisticado fruto da evolução das espécies pelo alto grau de complexidade biológica e psicológica envolvida em suas atividades. Sim, digo sem medo de errar: a mulher é a epítome da obra de Deus nesse planeta, e considero-me sortudo de poder apreciar essa beleza plenamente. Parabéns às mulheres por esse dia, símbolo de uma luta que haverá de ser travada por anos nos corações de mentes de todos os seres humanos, regardless of gender. Tenho a convicção que viveríamos em um mundo mais justo, belo e limpo se as mulheres descobrissem, de uma vez por todas, o grande poder que há na fêmea dentro delas. * * * Ui! A Mona Lisa do Marcel Duchamp está quente em um certo lugar. Serão los bigotes? Clique na imagem para ampliar. E quem não entendeu a piada na obra de arte, leia as letras da legenda em francês. Élle achô ô... RAFA @ 11:18 tic-tac-tic-tac
|
mirror, mirror
na vitrola
bio Brasileiro da gema, viajante do mundo por natureza. Sagitariano cuspido e escarrado, com ascendente em Aquário, seja lá o que isso for. Odeia sopas e caldos mais do que tudo no mundo, seguido de perto por cinismo. Nascido na Ilha do Leite, na cidade do Recife, criado na Urca e em muitos quartéis Brasil afora, foi enrolado por sua mãe na bandeira do Sport quando nasceu, mas ama mesmo é o glorioso Botafogo de Futebol e Regatas. Afinal, amor que é amor tem que doer, e torcer pra time que só ganha é chato demais. Gosta de sentir a brisa da praia no rosto, do bobó de camarão de Dona Susana, e de frutos do mar em geral. Seus tempos de Colégio Militar no Rio o fizeram um cavalariano orgulhoso, mas um péssimo cavaleiro: ainda hoje insiste em querer montar pelo lado direito. Indie desde pequeninho, é mestre em gostar de bandas que ninguém nunca ouviu falar. Em razão do seu amor pelo róquenrou, tenta sem sucesso tocar instrumentos de cordas - violão, baixo, guitarra - mas sua incompetência não o deixa passar do meia-boca. Moço com grandes dotes culinários (só não morreu de inanição ainda por sua criatividade na cozinha), amante da boa-mesa - e de "forks" in the table - já até sentiu o sabor das nuvens. Com oito anos decidiu ser piloto de caça depois de ter visto Top Gun no cinema - desistiu aos 16 quando se deu conta que a Marinha não tinha caças e que milico ganha mal que só a porra. Hoje, graduado em Relações Internacionais pela UnB e mestrando em Comunicação na mesma, estuda para passar no Rio Branco, só porque gostou do cafezinho da Embaixada em Londres. Viciado em chocolate por falta crônica de sexo, vive dizendo que um alfajor de chocolate Havanna é quase tão bom quanto uma noitada com a Luana Piovani ou com a Jennifer Connoly. Eco-chato assumido, descobriu-se idealista depois de velho - dizem as más línguas que foi depois de ter finalmente entendido Kant, aquele mesmo que ele próprio passou a vida inteira malhando. Reza a lenda que seu idealismo é tão agudo que nunca vai deixar de acreditar em Papai Noel e na ONU. É um dos maiores acadêmicos de seu tempo, com 1,90m de altura, por isso mesmo preferindo as altas: "baixinha dá uma puta dor nas costas" reclama. Don Juan totalmente às avessas, "bigode" assumido, não tem muita afeição por gatos, a marxistas e a torcedores do Flamengo. Recebeu orgulhamente o diploma de cidadão honorário de Entre-Ijuís/RS, e já vislumbra o Nobel da Paz. Toma chimarrão regularmente, para curar bebedeira e manter a tradição. Sangue O positivo com muita testosterona, sofre de insônia, alergia a pó e falta de simancol. Escreve esse blog porque adora fazer uma graça - só não percebeu que a maior graça na vida dele é ser ele próprio.
blogs amigos Fotológuisson
soft cuca ![]()
sharp cuca about this blog *idiossincrasia (id). [Do grego idiossynkrasía: ídios, próprio + sykrasis, constituição, temperamento] S. f. 1. Disposição do temperamento do indivíduo, que o faz reagir de maneira muito pessoal à ação dos agentes externos. 2. Maneira de ver, sentir, reagir, própria de cada pessoa. 3. Med. Sensibilidade anormal, peculiar a um indivíduo, a uma droga, proteína ou outro agente.Porque "Raridades & Idiossincrasias"? Não sei bem ao certo. Achei um título legal when it came out. Um título quase conceitual, eu diria. Sobre as "idiossincrasias", eu uso essa palavra sempre, mesmo soando meio intelectualóide demais pro meu gosto. No entanto, eu normalmente a uso com um sentido um pouco diferente do restrito léxico dos dicionários. Pra mim, essa "maneira de ver, sentir, reagir" se percebe nas menores coisas, aquele tipo de detalhe inerente à sua personalidade que nem mesmo as pessoas que melhor te conhecem poderiam notar. Aquelas pequenas manias, tipo Amélie Poulain, como fazer pedrinhas ricochetearem no canal ou enfiar a m?o num saco de tremoço (aliás, enfiar a mão num saco de qualquer cereal é fantástico!). Detalhes pequenos, mas muito importantes. Vitais! Essa é a idéia. Registrar estas pequenas raridades do dia-a-dia. Ou também as raridades que parecem grandes, mas que no final são igualmente pequenas. Isso faz parte do meu esforço de perceber a realidade ao redor com olhos mais clínicos, para poder enxergar a beleza dessas coisas. A manteiga derretendo no pãozinho quente, o cheiro fresco de grama molhada de chuva, essas coisas... Enjoy the experience! no baú
setembro 2004 Raridades v.1: out'02 a fev'03
Raridades v.2: out'03 a fev'04
Raridades v.3: mai'04 a set'04 - fora do ar devido aos idiotas da Globo.com
credits
|